Cardeal Sarah encerra peregrinação mariana nacional beninense


Cotonou (RV) - Concluiu-se este domingo, no Santuário mariano de Dassa-Zoumé, a peregrinação nacional da Igreja na República do Benin. Milhares de fiéis participaram da missa presidida pelo prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah. Detalhes com o colega beninense Jean-Baptist Sourou:

“Dassa encontra-se a cerca de 200 quilômetros de Cotonou, a capital econômica do Benin, e acolhe desde 1954 a peregrinação mariana nacional da comunidade católica. É um santuário muito querido para todo fiel católico beninense, por isso todos os anos a peregrinação do domingo após a solenidade da Assunção é um dos maiores eventos da vida eclesial. Participam também fiéis de países limítrofes e não só. Efetivamente, entre os cerca de 10 mil fiéis presentes este domingo, muitos eram provenientes da Nigéria, Níger, Togo, Burkina Fasso, Mali, Costa do Marfim e Guiné. Alguns deles chegaram já na sexta-feira à noite para momentos de devoção pessoal e comunitária e para acompanhar também as catequeses sobre o tema da peregrinação deste ano: “Maria, educadora e protetora das almas consagradas”.

Domingo, 12 bispos concelebraram com o Cardeal Robert Sarah, entre os quais, 9 do Benin; o arcebispo de Conacri, na República da Guiné, Dom Vincent Coulibaly; o núncio apostólico no Benin e Togo, Dom Brian Udaigwe; o secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, Dom Barthélemy Adoukonou, e 500 sacerdotes. Também participaram do evento o presidente da República, Thomas Boni Yayi, alguns membros de seu governo, muitos altos funcionários do Estado e outras autoridades civis, tradicionais e religiosas das outras confissões.

Na homilia, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ressaltou a centralidade da pessoa de Jesus, da intimidade com Ele, com o seu Corpo eucarístico, na vida de todo aquele que crê. Tal relação é o caminho que nos leva a Deus, “porque – disse o purpurado citando o Papa Bento XVI – ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa: o Cristo que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. A escolha de uma intimidade exclusiva com Deus não é possível e realizável a não ser através da relação pessoal e íntima com Jesus Eucaristia. É o próprio Deus Pai que quer esse passo obrigatório”, afirmou, e essa novidade é o motivo pelo qual muito abandonaram Jesus em Cafarnaum, porque preferiam não uma relação que liberta, mas uma relação com Deus de patrão para escravo. Citando o exemplo de Pedro que disse: “Senhor, a quem iremos? Somente Tu tens palavras de vida eterna”, o Cardeal Sarah concluiu dizendo que “a salvação dos Doze, como de todos nós, não está no ser sem pecados e sem defeitos, mas unicamente e, sobretudo, no seguir Jesus e no configurar-nos a Ele todos os dias”. Ao término da longa e bonita celebração ritmada por cantos entoados nas várias línguas do Benin, o Cardeal Sarah foi condecorado com a mais alta honorificência do Estado.” (RL)








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