Após 50 anos, EUA reabre embaixada em Cuba


Havana (RV) - Nesta sexta-feira, 14 de agosto, após 50 anos de tensões, a bandeira do Estados Unidos voltou a ser içada em Havana, com a reabertura da embaixada na presença do Secretário de Estado John Kerry. Uma reaproximação que teve a chancela do Papa Francisco.

Tentativas de golpe, a imposição de um duro embargo e a crise dos mísseis nos anos 60 que quase levou o mundo à uma guerra nuclear marcaram estes cinquenta anos, que a partir de agora passarão a fazer parte da história. Com a reabertura da Embaixada estadunidense em Cuba, Washington e Havana poderão olhar para o futuro sob uma nova perspectiva. Existem ainda muitas questões a serem resolvidas, como o fim do embargo, a situação econômica-comercial da ilha após tantos anos de dificuldades, a questão dos exilados e o respeito pelos direitos humanos.

Papel fundamental na reaproximação foi desempenhado pelo Papa Francisco, que trabalhou intensamente por um desfecho positivo das negociações realizadas entre os dois países. O Secretário de Estado, John Kerry, foi a primeira personalidade do alto escalão a voltar a Cuba após 70 anos, para o hasteamento da bandeira que foi feita pelos mesmos três marines que, em 1961, arriaram a bandeira no contexto da ruptura das relações diplomáticas entre os dois países.

Fidel Castro, por ocasião de seu 89º aniversário, afirmou em um artigo que “os Estados Unidos têm um débito com Cuba de muitos milhares de dólares devido ao danos provocados pela política das sanções contra Havana”.

A bandeira de Cuba, por sua vez, foi içada na sede da Embaixada em Washington em 20 de julho, na presença de centenas de pessoas. (JE)

 

 








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