2015-08-12 11:58:00

Cardeal Clemente nega divisões entre os bispos portugueses


O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente está esta semana na Comunidade de Taizé no encontro “por uma nova solidariedade” acompanhado por jovens portugueses. Foi antes da partida para França que D. Manuel Clemente falou à Agência Ecclesia sobre a questão da integração das pessoas divorciadas recasadas, dentro da Igreja Católica.

O purpurado recusou a existência de divisões no seio dos bispos portugueses, devido a esta matéria, e salientou que o debate continua em aberto.

“Estamos todos à procura da melhor maneira de, respeitando cada um e não negando a nenhum batizado o lugar que tem na Igreja Católica, que é tanto dele como é dos outros, encontrar a melhor solução para resolver este problema. Temos é de encontrar a melhor maneira de fazer coincidir as situações concretas com aquilo que é a proposta de Jesus Cristo sobre o matrimónio”, sustentou.

A reflexão à volta da situação das pessoas que não conseguiram prosseguir com o seu matrimónio ou que iniciaram uma nova relação, tem marcado o Sínodo dos Bispos que o Papa Francisco dedica à Família.

De acordo com o Cardeal-Patriarca de Lisboa, têm surgido no seio da Igreja Católica, e, concretamente, no meio dos bispos portugueses, diferentes ideias e abordagens.

Relativamente ao acesso daquelas pessoas aos outros sacramentos, “há quem proponha uma situação mais parecida com a dos gregos, dos nossos irmãos do Oriente, que é aceitarem que se volte aos sacramentos depois de um processo penitencial”, explica D. Manuel Clemente.

Por outro lado, “há quem proponha a verificação da validade ou não validade do sacramento do matrimónio que se realizou”, acrescentou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, declarando estar neste momento “mais inclinado” para esta solução.

“Mas enfim, isto é um debate que está em curso e vamos conversando francamente. Não há nenhum extremar de posições, todos nós queremos o mesmo”, reforçou D. Manuel Clemente, afastando assim um cenário avançado há cerca de uma semana pelo jornal Semanário “Sol”, que apontava para a existência de divisões entre os bispos portugueses devido a esta matéria.

A situação das pessoas divorciadas recasadas vai continuar a ser debatida pela Igreja Católica em outubro, no âmbito da assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos agendada para os dias 4 a 25 de outubro no Vaticano subordinada ao tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

(RS/Ecclesia)








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