Novo recurso tenta deter muro no Vale de Cremisan


Belém (RV) – A batalha legal para salvar o Vale de Cremisan continua. Em uma declaração divulgada em 7 de agosto, a Sociedade “Saint Yves”, Centro Católico para os Direitos Humanos, afirma ter entrado com um novo recurso na Corte Suprema israelense. Na petição é pedido ao Ministério da Defesa israelense que apresente o traçado exato e completo do muro de separação e que todas as partes interessadas possam apresentar as suas objeções, antes do início da construção do muro.

Construir o muro sem revelar antecipadamente seu traçado poderia levar à situações ilegais e prejudiciais aos habitantes do Vale. Outros problemas poderiam ser visualizados e influenciar diretamente os proprietários do Vale e, indiretamente, o mosteiro e o convento salesiano. Neste sentido, a Sociedade “St. Yves”  pede que o exército israelense revele todo o traçado do muro e se abstenha, ao mesmo tempo, de qualquer construção, até que o tribunal se pronuncie.

Este novo recurso é impetrado após a decisão da Alta Corte israelense no início de julho que autorizou a construção no Vale de Cremisan do muro de separação entre Israel e Palestina. Uma decisão que anula aquela tomada no início de abril, pela mesma Corte, que havia se pronunciado favorável aos proprietários cristãos do Vale.

O muro deverá dividir em dois o Vale de Cremisan. O mosteiro e o convento salesiano ficariam na parte palestina, mas algumas das 58 famílias palestinas de Beit Jala veriam suas terras e propriedades “migrarem” para o lado israelense do muro. (JE)

 








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