2015-08-10 12:15:00

Evangelizar requer formação humana e religiosa - Irmã Angelina


A Irmã Angelina Semedo Moreira, cabo-verdiana, é natural da Ilha de Santiago, cidade de Santa Catarina. Fez os seus primeiros votos, na Congregação das Missionárias Espiritanas, em 1979.

A sua formação como religiosa, levou-a a Portugal, França e Suiça. Regressada a Cabo Verde em 1987, formou-se primeiro em Magistério Primário (tendo ensinado) e depois em Língua Francesa, no Instituto Superior de Educação, passando a leccionar Francês num dos dez liceus da Cidade da Praia: o Liceu Pedro Cardoso.

Apaixonada pelo ensino, sente-se feliz quando vê que o aluno avança e singra na vida. E é uma das coisas que mais a tem marcado na vida, para além da satisfação da vida religiosa. Aliás, dedicar-se de corpo e alma à sua profissão, ajudando os alunos em dificuldades, é vista por ela como uma forma de actuação da sua missão religiosa.

Missionária, com o dever de levar o Evangelho a todas as criaturas, já esteve em missão no Senegal e Camarões. Guarda boas recordações da riqueza cultural e espiritual que representou para ela essa experiência.

Quanto à vida religiosa em Cabo Verde, considera que as religiosas precisam de mais formação humana e religiosa para actuarem de forma mais cabal na evangelização. Algo que faz falta sobretudo quando se é missionário/a, mas paradoxalmente, ser membro duma Congregação Missionária torna a formação mais difícil, devido às deslocações frequentes. 

Quanto à existência de um número cada vez maior de leigos formados em Cabo Verde, a Irmã Angelina considera que isto nada tira às religiosas, pois há espaço para todos e podem sempre trabalhar em complementaridade. O povo continua a precisar da presença e acção das religiosas - afirma na primeira parte da ampla entrevista que concedeu a 18 de Junho passado na Cidade da Praia. Na segunda, a ouvir daqui a uma semana, fala da necessidade duma pastoral de conjunto, do papel das religiosas na Igreja, e das razões, segundo ela, da escassez de vocações femininas em Cabo Verde. 

Oiça as suas palavras aqui na rubrica  "África. Vozes Femininas" 








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