Papa Francisco: Dirigir o olhar para a Mãe de Deus


Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja recorda nesta quarta-feira (05/08) a Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, onde se venera o ícone da Salus Populi Romani.

Durante a audiência geral, o Papa exortou a rezar e invocar a Mãe de Deus. Hoje, se recorda o milagre da neve que levou à construção do mais antigo templo mariano do Ocidente. 

“Invoquem a Mãe de Deus, queridos jovens, para sentir a doçura de seu amor. Queridos doentes, chamem por ela nos momentos da cruz e do sofrimentos. Olhem para ela, queridos recém-casados, como modelo para o seu caminho conjugal de dedicação e fidelidade”, disse o Papa na audiência.

O Arcipreste da Basílica Papal de Santa Maria Maior, Cardeal Santos Abril y Castelló, celebrou a missa, nesta quarta-feira, no templo mariano, e em sua homilia exortou a ter Maria como modelo.

“Este é um dia particular porque é a grande festa de nossa basílica. É a grande festa de Nossa Senhora, venerada como Salus Populi Romani. Eu convidei os fiéis na homilia a recordar que Maria para nós é o grande ponto de referência, pois ela nos leva a Jesus e a ser fraternos com os outros. Para que saibamos construir um mundo novo, eu me referi à Encíclica Laudato si do Papa Francisco”, disse o purpurado na entrevista à Rádio Vaticano.

“A maneira como agimos e o nosso pensamento do ponto de vista ecológico”, afirma o Papa na encíclica, “é um ato de amor, um sinal do amor de Deus para com a humanidade, por nós”. “Nesse sentido, devemos a partir de nossa fé saber nos comportar de maneira fraterna com todos, respeitando também a Criação pois é um ato de amor de Deus por todos”.

Segundo o Cardeal Santos Abril y Castelló, o Santo Padre demonstra muito bem a sua devoção a Maria. “Ele veio aqui muitas vezes, 23 vezes desde o início de seu pontificado, fazer uma visita. Veio logo depois de sua eleição para colocar sob a proteção de Maria o seu pontificado”, disse o purpurado.

“Ele nos incentiva a saber viver uma devoção autêntica partindo deste lugar privilegiado. O Santo Padre continua nos convidando a levar esse amor que recebemos do Senhor a todas s periferias existenciais. Neste momento em que é tão necessário, devemos olhar para os outros, nos respeitando e nos ajudando a fim de construir um mundo mais justo e mais fraterno”, concluiu o Arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior.

História da construção do templo

Ao frade Bartolomeu de Trento, que viveu na metade do século XIII, devemos a versão sobre a origem da Basílica de Santa Maria Maior. Segundo a tradição, no ano 352, vivia, em Roma, o representante do imperador que tinha se transferido para Constantinopla, um certo João, fidalgo riquíssimo que não sabia como gastar toda sua fortuna. Não tinha filhos e queria construir obras pias para a Igreja, mas não sabia quais escolher. 

Na noite de 4 de agosto, apareceu-lhe em sonho a Virgem Maria, que lhe ordenou construir uma igreja no lugar onde estivesse com neve pela manhã. O rico senhor acordou e pôs-se a pensar que a neve em Roma era uma coisa estranha, pois estavam no verão. Nesta mesma noite, a Virgem apareceu ao Papa Libério e disse-lhe que, logo ao raiar do dia, subisse a colina do monte Esquilino, que encontraria o local cheio de neve, e lá deveria erguer uma igreja. Pela manhã aquele fato inédito foi constatado, e enquanto a notícia se espalhava por Roma, o Papa e João, caminhando por estradas diferentes, seguidos por uma multidão, encontraram-se: lá em cima do monte Esquilino comprovaram que havia neve. Com um bastão, o Papa traçou a área para erguer a igreja que o patrício construiu apenas com seus recursos. Nascia a Basílica de Santa Maria da Neve. Era o ano 358 d.c.

A festa litúrgica da “Dedicação de Santa Maria Maior” que se realiza no dia 5 de agosto passou a constar no calendário litúrgico a partir do ano de 1568. (MJ/Paulinas)








All the contents on this site are copyrighted ©.