Cidade do Vaticano (RV) – São cerca de 9 mil os ministrantes esperados para o encontro com o Papa Francisco na tarde desta terça-feira (4), na Praça São Pedro. Os coroinhas e acólitos participam da Peregrinação Internacional que acontece a cada 5 anos em Roma e provêm de 20 países, entre eles, Itália, França, Portugal, Suíça, Hungria e Sérvia.
Para a Organização Internacional dos Ministrantes será um momento de festa, testemunhos,
mas, sobretudo, de oração, que vai culminar com a chegada do Papa Francisco para as
Vésperas em alemão, húngaro, francês e italiano – línguas dos grupos mais numerosos.
Antes da audiência com o Pontífice, os ministrantes, entre os 14 a 30 anos de idade,
vão acompanhar duas horas de música – interpretada por bandas de diversos países.
O presidente da Organização, Dom Ladislav Nemet, em entrevista à Rádio Vaticano, explica
que “para alguns deles será a primeira possibilidade de ver a universalidade e a dimensão
comunitária da Igreja, mas também de encontrar a alegria da própria missão”.
Dom Ladislav Nemet – “Escolhemos como tema da peregrinação as palavras do profeta
Isaías: ‘Eis-me aqui, envia-me’. Acreditamos que na idade dos coroinhas seja também
importante encontrar a própria estrada da vida e, assim, pensamos numa abertura também
a Deus, nos anos mais difíceis. Toda a oração está preparada nessa dimensão, inclusive
os textos das diversas canções resumem essa ideia da missão dos jovens na sociedade,
na vida privada e na Igreja. A segunda coisa é a paz, porque temos coroinhas que vêm
também da Ucrânia. Depois, rezaremos também pelos imigrantes, ideias próximas ao nosso
Santo Padre, mas também aos nossos ministrantes. Vivemos, de fato, num mundo em que
não se pode fechar os olhos e não ver o mundo que muda.”
Rádio Vaticano – Ser coroinha é ainda uma coisa que atrai eles e fascina? E como se
aproximar deles nessa dimensão?
LN – “Se a liturgia é celebrada bem, tem uma beleza que atrai. A segunda possibilidade
é a comunidade: se numa paróquia tem uma pessoa responsável que tem essa capacidade
de reunir esses jovens, se fará um grupo muito bonito. Transformar-se em coroinha
não significa somente ir na igreja durante a liturgia, mas também assumir uma nova
dimensão de vida, relacionada com a nossa comunidade eclesial e com a comunidade que
vive próxima à paróquia.”
RV – O que o senhor irá enaltecer na sua saudação ao Papa?
LN – “Queria salientar as expectativas dos jovens, de escutar uma palavra de coragem
para esse serviço, que vale a pena permanecer fiel a Cristo e à nossa vocação. Sem
dúvida o Santo Padre encontrará as palavras certas para tocar os jovens: é incrível
com os jovens o amam! Se vê, onde quer que ele vá...”.
RV – O Papa diz, e talvez tenha sido a sua primeira palavra: ‘vão, saiam e alcancem
as periferias”, come ele faz sempre o chamamento. Então, esse tema parece particularmente
em linha com o magistério?
LN – “Sim, porque ‘Eis-me aqui, envia-me!’ significa a disponibilidade de ir pra fora,
a deixar o meu lugar... O profeta tinha uma vida muito tranquila e, quando o Senhor
apareceu, o profeta deixou tudo. “Envia-me! Eu vou!”, mesmo se à uma periferia ou
cidade grande: hoje a periferia pode ser também no centro de Roma. Não existe uma
definição da periferia: a periferia são todos os espaços onde as pessoas precisam
de Jesus.”
(AC/Gabriella Ceraso)
All the contents on this site are copyrighted ©. |