Fiumicino (RV) – Voos com atraso, filas de passageiros e também um black out depois
do incêndio da tarde desta quarta-feira (29) registrado nas redondezas do aeroporto
Leonardo da Vinci de Fiumicino, em Roma. Por causa da fumaça que invadiu as pistas,
a entidade nacional de Aviação Civil chegou a decretar a paralisação das atividades
por algumas horas.
O incêndio aconteceu nos bosques de Focene, uma das cinco frações marítimas que pertencem
à cidade de Fiumicino, a 15 km de Roma, e próxima do aeroporto internacional. Por
cerca de duas horas, o tráfico aéreo sofreu consequências, com decolagens interrompidas,
provocando atrasos em todos os voos e deixando centenas de passageiros ainda na esperança
de partir. Quem estiver sofrendo com os transtornos é indicado a procurar a própria
companhia aérea para resolver a situação, caso a caso.
As chamas, alimentadas pelo forte vento, conseguiram ser controladas por volta das
17h. Na operação de extinção do fogo, foram mobilizados bombeiros, a proteção civil
e florestal, além de contarem com o auxílio helicópteros e Canadair, um tipo de avião
anfíbio que usou a água do mar das proximidades para apagar as chamas.
A hipótese do incêndio é de origem dolosa, e não acidental. Já foi aberta uma investigação
do caso, através da Procuradoria de Civitavecchia. O primeiro-ministro italiano, Matteo
Renzi, durante um telefonema ao Ministro dos Assuntos Internos, Angelino Alfano, teria
solicitado esclarecimento sobre o ocorrido, sustentando que, se fosse confirmada a
causa dolosa, se trataria de um ato gravíssimo aos danos do principal aeroporto do
país, em pleno verão e com importantes consequências sobre o turismo e a economia.
Além disso, por quase uma hora nesta quinta-feira (30), o aeroporto ficou sem energia
elétrica. Segundo uma nota divulgada pela Adr (Aeroporti di Roma) que administra o
local, foi registrado um curto-circuito numa cabine de média tensão, gerando transtornos
durante os 20 minutos de black out. Outro episódio importante foi registrado em 7
de maio deste ano, dentro do próprio aeroporto de Fiumicino, quando um incêndio no
Terminal 3 paralisou as atividades de voos.
O prefeito de Fiumicino, Esterino Montino, denuncia várias irregularidades no aeroporto
e na sua infraestrutura, e se diz preocupado com eventos futuros, como o Jubileu da
Misericórdia (com início em 8 de dezembro deste ano, e conclusão em 20 de novembro
de 2016). “Existe apenas uma estrada que leva ao aeroporto e que, se for blocada,
é um caos. Ainda tem um trem que não é suficiente para a quantidade de passageiros.
Deveria se transformar num metrô, com frequência a cada 3 minutos e não a cada meia
hora. Pensemos a quando chegarão os peregrinos para o Jubileu ou às Olimpíadas. Essa
recepção é impensável”, concluiu o prefeito.
(AC/ANSA)
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