Rede Ecumênica quer eliminar a água em garrafa no mundo


Genebra (RV) – Um recente encontro em Genebra promovido pela Rede Ecumênica pela Água (Ecumenical Water Network), órgão do Conselho Mundial das Igrejas, do qual também fazem parte os representantes da Igreja Católica na América Latina e na África, lança uma proposta desafiadora: eliminar o uso da água em garrafa no mundo pelos danos que provoca ao ambiente e por ser obstáculo ao acesso universal da água. A proposição parte justamente de quem há anos é empenhado em sensibilizar os próprios membros sobre a emergência ligada às questões hídricas e higiênico-sanitárias.

O encontro na Suíça evidenciou o efeito altamente poluidor do processo de produção e de descarte das garrafas de plástico. Ao invés de serem recicladas, de fato, cerca de ¾ daquelas usadas terminam em lixões, em cursos de água e nos oceanos, onde nunca poderão se decompor completamente. Além disso, segundo a entidade ecumênica, normalmente os governos evitam a própria tarefa de construir redes hídricas para fornecer água potável  às faixas da população mais necessitadas, graças à distribuição de água em garrafa. Nos países mais desenvolvidos, as indústrias têm progressivamente influenciado os hábitos dos consumidores convencendo-os, através de campanhas de marketing agressivo, que a água engarrafada é mais segura e mais saudável daquela da torneira.

Durante a reunião em Genebra, os responsáveis da Rede Ecumênica também decidiram lançar mais uma campanha, intitulada “Sete semanas pela água” (Seven Weeks for Water), prevista para 2016. A campanha deve enfrentar a questão hídrica também sob o aspecto do justo acesso à água. Eles também enalteceram de terem acolhido com grande entusiasmo a Encíclica do Papa Francisco “Laudato si”, aplaudindo a Sua “profunda visão” e a Sua particular atenção às questões relativas à proteção da Criação, às injustiças ligadas à água, às mudanças climáticas e às consequências da perda da biodiversidade.

(AC)








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