Misericórdia, marca do pontificado de Francisco


Cidade do Vaticano (RV) – “A misericórdia é uma marca fundamental do Pontificado do Papa Francisco e que, nas suas intenções, caracterizará o próximo Ano Santo”. Assim o Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, em uma entrevista concedida ao Diretor da “Voce Isontina” (Gorizia), Mauro Ungaro, sintetiza  as motivações que levaram o Papa a convocar o Ano Santo da Misericórdia, que será aberto em 8 de dezembro próximo.

Misericórdia, parte da espiritualidade do Papa

“A misericórdia, como diz a própria palavra, é o amor pelos miseráveis, pelos mais afastados, pelos mais necessitados. Esta convicção faz parte da espiritualidade do Papa e de seu programa pastoral: ser bom com todos, especialmente com os mais afastados e com os mais necessitados”, explica o purpurado. Em nosso tempo, a necessidade de misericórdia – avalia o Cardeal – “deriva do fato que hoje tantas pessoas se sentem infelizes pela falta de uma referência ao Senhor e à vida eterna. Esta infelicidade não é percebida necessariamente como tal: uma pessoa, de fato, pode também considerar-se a mais feliz do mundo, mas se não tem referências ao Senhor e à vida eterna – isto é, se não tem fé – não pode dizer ser feliz, porque é, de alguma forma, dominada pela angústia da morte”.

Misericórdia para vencer a infelicidade

“Depois, muitas pessoas – observa o Cardeal Coccopalmerio – consideram que Deus ama em modo elitista, isto é, alguns antes que outros e se sentem espontaneamente excluídas de seu amor.  Pregar a misericórdia – e fazê-lo para todos – vai de encontro a esta necessidade das pessoas, ajudando-as à vencer a infelicidade pela qual, consciente ou inconscientemente, estão dominadas”.

Concílio Vaticano II

Ao recordar que o Papa escolheu como data de abertura do Jubileu o dia em que se recorda os 50 anos de encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, o purpurado observou que “o Papa Francisco falou muitas vezes do Vaticano II e sempre o valorizou, convidando-nos a inspirar-nos nele e a colocar em prática aquilo que ainda não o foi. A ligação, portanto, é imediata: se existe uma pessoas que acredita no Vaticano II é o Papa Bergoglio”. E isto – completa o Cardeal – é particularmente importante “em um tempo como o atual, em que não faltam vozes que parecem ter algumas reservas sobre o Concílio. Ao reiterar a importância do Vaticano II, o Papa confere uma ulterior relevância ao evento”, completa o Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos. (JE/Sir)








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