2015-07-21 11:44:00

Cabo Verde: Ministro da Justiça e Presidente da CCSL em conflito


Ministro caboverdiano da Justiça acusado de abrir portas ao tráfico de drogas e ao terrorismo. 

O presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL) disse segunda-feira, que o Ministro da Justiça, José Carlos Correia, a quem apelidou de “delinquente e criminoso” não tem moral e ética para apresentar queixa-crime contra CCSL e seu presidente.

Em conferência de imprensa na Cidade da Praia, José Manuel Vaz reiterou as afirmações feitas na quinta-feira, de que “o ministro da Justiça está a tentar abrir portas ao narcotráfico e ao terrorismo em Cabo Verde”, ao não responder às reivindicações dos funcionários da Polícia Judiciária (PJ), que depois de várias greves, ameaça agora  demitir-se em bloco.

José Carlos Correia justificou o posicionamento do Governo com a indisponibilidade financeira e disse que os funcionários da PJ não são “mercenários públicos, mas sim funcionários públicos” e adiantou ainda que os mesmos “não são insubstituíveis”, pelo que podem se demitir, pois “o Estado não funciona sob chantagem”.

As declarações do governante provocou a fúria do sindicalista que acusou o ministro de “estar a abrir portas ao tráfico de drogas e ao terrorismo.

Por sua vez as acusações de José Manuel Vaz não caíram no agrado de José Carlos Correia, que na sexta-feira apresentou uma queixa-crime em seu nome próprio e em nome do Governo contra a pessoa de José Manuel Vaz e da CCSL.

Em reação hoje José Manuel Vaz reiterou as acusações e foi mais longe chamando o ministro de “rapazinho” e “delinquente criminoso” que não tem moral e ética para apresentar uma queixa-crime contra a CCSL e seu presidente.

O presidente da CCSL classificou a situação laboral no Ministério da Justiça de “muito grave “e depois de falar de diversos problemas envolvendo os guardas prisionais, os funcionários da PJ e o pessoal e dos Registos e Notariados, afirmou que José Carlos Correia é o pior ministro da Justiça que Cabo Verde já teve desde da independência.

Apesar de tudo adianta que a CCSL está aberta para “em diálogo franco e aberto” com o Governo e não como o “rapazinho arrogante e prepotente”, resolver as reivindicações de toda as classes que fazem parte do Ministério da Justiça.

Garantiu também que está de boa saúde para responder nos tribunais e vai avisando que se qualquer coisa acontecer à sua pessoa o primeiro suspeito será o Governo ou o ministro José Carlos Correia e sua rede. 

(DA con Rádio Nova, Emissora católica de Cabo Verde)








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