2015-07-15 17:44:00

A África perante a globalização


          

A Política económica e de desenvolvimento dos países Africanos perante a globalização. É um tema que abordamos à luz da Exortação Apostólica Pós Sinodal Africae Munus com a contribuição da entrevista que a esse propósito nos deixou recentemente o Padre Daniel Malamba, angolano dos padres verbitasA questão que se coloca é que nas suas relações com o mundo economicamente mais avançado a África encontra-se quase sempre em desvantagem. Um aspecto que aqui podíamos evocar é o das transacções comerciais em que os países economicamente mais avançados se recusam a aceitar os produtos da África sob a desculpa de serem de menor qualidade. A questão deve ser colocada a dois níveis: antes de mais os países ocidentais usam a acusação de os produtos dos países africanos serem de menor qualidade para proteger o seu próprio mercado. Por outro lado existe por parte da África o problema do tratamento externo dos produtos. Por exemplo são muito poucas e em certos casos quase inexistentes as indústrias de transformação e conservação dos produtos agrícolas. Todavia a África apresenta em muitos casos a vantagem de aí poderem ser encontrados produtos genuínos ou seja geneticamente não alterados com fertilizantes químicos. Nesse sentido os produtos agrícolas africanos podem apresentar-se com a vantagem de ser de maior qualidade lá onde os mesmos nãos são nocivos à saúde pelo facto de que os africanos geralmente não utilizam pesticidas e fertilizantes químicos que em grande ou menor dose são sempre cancerógenos, mas essas vantagens já não se encontram a nível dos minerais africanos. Por exemplo, lá onde existem diamantes, em África, geralmente não existem indústrias ou menos fábricas de lapidação e os diamantes são vendidos em bruto, portanto com menor qualidade e consequentemente menor preço no mercado. O mesmo acontece com o petróleo africano quase sempre vendido em estado bruto por falta de refinarias. Quanto aos produtos agrícolas o problema é sobretudo o da falta de fábricas de transformação e conservação em lata, por exemplo, para que se possa exportar esses mesmos produtos ou conserva-los em grandes quantidades: É neste sentido que se pode dizer que os produtos comerciais africanos agrícolas e minerais são de menor qualidade.   








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