Marrocos trabalha por um Islã tolerante


Rabat (RV) – O Marrocos, que pretende posicionar-se como um forte elo na luta contra o extremismo, anunciou na noite de segunda-feira (13/07) a criação da "Fundação Mohammed VI dos Ulemás Africanos" , destinada à promover um Islão tolerante, segundo a Agência MAP.

Unificar esforços

Trata-se de uma "instância destinada a unificar e coordenar os esforços dos Ulemás Muçulmanos do Marrocos e dos outros países africanos" e de dar a conhecer "os valores do Islão tolerante", declarou o Vice-presidente da fundação e Ministro marroquino dos Assuntos Islâmicos, Ahmed Taoufik. É uma resposta às "expectativas expressas, à título oficial,  por parte dos países africanos (...) sobre a necessidade de formação dos Imames e pregadores".

Forte elo contra o extremismo

A cerimônia de anúncio, presidida pelo Rei de Marrocos, teve a participação de dezenas de Elemás de vários países africanos e confirma a ambição do Reino se posicionar como um elo forte na luta contra o extremismo, através da formação de Imames, particularmente na África e na região do Sahel-Saariano.

Em março, Marrocos já havia inaugurado o "Instituto Mohammed VI de formação de Imames", com um custo de mais de 20 milhões de euros e uma capacidade para acolher mil pessoas.

No seu lançamento, a instituição já abrigava cerca de 250 marroquinos e 450 estrangeiros (guineenses, marfinenses, tunisianos, malineses e franceses).

Por um Islã tolerante

Abalado em maio de 2003 por uma onda de atentados em Casablanca, que matou 33 pessoas, o reino tem procurado enquadrar o campo religioso, através da promoção de um Islã "tolerante".

Um programa de formação de Imames foi lançada em 2008 para promover um Islã "tolerante" e não-violenta, com base no rito malequita, o rito oficial do islamismo sunita em Marrocos.(JE)








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