FAO defende empenho social na luta contra a fome


Roma (RV) – O Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), divulgou, no último dia 10 do corrente, um Relatório para a “Erradicação da fome no mundo”, de modo sustentável, até 2030. Para se atingir este objetivo, será necessário um custo avaliado em 267 bilhões de dólares por ano, ou seja, cerca de 160 dólares por pessoa, que vive em extrema pobreza, por quinze anos.

Este montante servirá para investimentos nas áreas rurais e urbanas, como também para a proteção social, de modo que os pobres possam ter acesso à alimentação e melhorar as suas condições de vida.

Conferência Internacional

Este Relatório, elaborado pela FAO, juntamente com o IFAD e com o PAM, foi publicado em vista da III Conferência Internacional sobre o “Financiamento para o Desenvolvimento”, que se realiza, a partir de hoje, por três dias, em Addis Abeba, Etiópia.

O Relatório destaca que, não obstante os progressos realizados nos últimos decênios, hoje, cerca de 800 milhões de pessoas ainda não têm, suficientemente, o que comer, sobretudo nas áreas rurais.

Por sua vez, o Diretor Geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, declarou: “O nosso Relatório nos ajuda a perceber o alcance do desafio que temos que enfrentar. Não daremos passos positivos e resolutivos, para a redução da pobreza e da fome no mundo, se não houver investimentos sérios e concretos na agricultura, nas áreas urbanas, sobretudo nas rurais, em prol dos mais pobres”.

Resultados no Brasil

A FAO reconhece a diminuição da fome em nosso país, como resultado de ações e programas sociais empreendidos pelo governo federal e parceiros nos últimos anos. A organização elaborou o documento “Fome Zero: lições principais”, no qual apresentou esta e outras constatações a sete países latino-americanos: Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, Peru e Venezuela.

“É impressionante ver o que o Brasil já alcançou durante os últimos três anos e meio, construindo sobre a base de programas anteriores mas ampliando sua envergadura e alcance, aumentando seus recursos e acrescentando novos componentes”, diz o documento da FAO. Entretanto, o relatório admite que há como "melhorar a eficiência, a focalização, o impacto e a sustentabilidade dos programas do Fome Zero no futuro".

Todas estas ações foram qualificadas como “resultados concretos”, mas que “ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil”. No exterior, entretanto, os efeitos do documento “Fome Zero” despertaram interesse da América Latina, África e Ásia, conforme o documento da FAO. (MT)








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