Pe. Lombardi: Francisco é o catalisador dos Movimentos Populares


Santa Cruz de la Sierra (RV) – “Francisco representa a esperança, é o nosso Moisés”: palavras de Dodora Costa, da Pastoral do Menor, no encerramento do Encontro dos Movimentos Populares. Essas palavras expressam o espírito em que os membros dessas organizações viveram esses dias aqui em Santa Cruz de la Sierra.

“Francisco é a força do povo encarnada na luta do povo, na luta de Jesus Cristo. Vivemos com muita fé e dedicação, conversamos e debatemos, mas com a esperança renovada”, completou Dodora.

No encontro com os movimentos, o Papa pronunciou o discurso mais longo desta viagem, “totalmente pessoal, sem a produção de outras mãos”, explicou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, na coletiva após o evento.

“As periferias são os movimentos, que vivem as consequências do mau funcionamento do sistema global”, acrescentou o jesuíta, afirmando que a mensagem do Pontífice é clara. “Os pobres são os protagonistas de uma mudança necessária. Aqui na Bolívia sentimos a riqueza de uma experiência latino-americana.”

À pergunta se a Santa Sé não teme que as palavras de Francisco sejam instrumentalizadas, no caso pelo Presidente Evo Morales, Pe. Lombardi respondeu que o Papa está acima das ideologias, vai além, pois fala a partir de uma “perspectiva universal, global”, e não tem medo de ser instrumentalizado.

Quanto ao pedido de perdão pelos pecados cometidos contra os povos nativos, o sacerdote destacou que o próprio Papa fez questão de ressaltar que não se trata de um pedido inédito, que seus predecessores já o haviam feito. E notou que Francisco acrescentou a frase de São Paulo: “Onde o pecado abundou, superabundou a graça”.

Com este encontro, concluiu Pe. Lombardi, o Papa não se apresenta como líder dos movimentos populares, como um “catalisador”, respeitando a autoridade e a criatividade de cada associação, e encorajando e oferecendo a sua ajuda. (BF)








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