Dia para a Caridade do Papa: colocar os pobres no centro


Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se neste domingo (28/06), o Dia para a Caridade do Papa, conhecido também como Óbolo de São Pedro, coleta feita em todo o mundo católico para as obras caritativas do Santo Padre. Sobre o sentido e a importância desse gesto de generosidade a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor da Caritas de Roma, Mons. Enrico Feroci. 

Mons. Feroci: “O dia 29 de junho é a festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Pedro é a rocha sobre a qual Cristo construiu a sua Igreja e o Papa Francisco é o sucessor de Pedro. Para mim unir a festa à caridade do Papa é um gesto de ternura e amor em relação a Pedro, portanto, do pontífice. E qual é o presente para a festa? O Papa Francisco nos recorda sempre, os seus tesouros são os últimos e os pobres. Acredito que coligar a festa à coleta para aliviar os sofrimentos, sobretudo dos pobres, seja o presente e a melhor atenção que se possa dar ao sucessor de Pedro. O Papa gosta muito que os pobres estejam no centro.”

Qual é o papel da caridade no percurso de fé dos cristãos e dos homens em geral?

Mons. Feroci: “Acredito que todos os dias, em nossa vida, temos de manifestar os nossos sentimentos de amor, atenção, disponibilidade, mas no dia do aniversário de cada um, da festa, se recordam de maneira particular os sentimentos, o que existe no coração do ser humano. Acredito que neste dia manifestamos de maneira mais visível, autêntica e profunda o que o cristão deve ser cotidianamente. Propõe-se esta mensagem porque para o cristão e no cristão a atenção aos pobres, ao outro, é coessencial à sua fé: uma fé que não dá atenção ao pobre é uma fé morta, como nos dia a Escritura. A atenção ao pobre se torna simplesmente uma ação social se não for ligada a Jesus, a Cristo. A partir de 8 de dezembro próximo, celebraremos o Jubileu da Misericórdia. Devemos ser capazes de nos comover, não no sentido de chorar somente diante do fato. A palavra comover significa mover com. Devemos ser capazes de caminhar com, sobretudo com os vulneráveis. Caminhar com quem está em dificuldade não só econômica para junto com ele atingir a meta. Esta é a tarefa fundamental do cristão.” (MJ)








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