2015-06-22 09:44:00

A Semana do Papa de 15 a 21 de junho


Dia 15

Na segunda-feira dia 15 de junho o Papa Francisco recebeu em audiência uma delegação da República Checa, por ocasião dos 600 anos da morte do pregador  reformador Jan Hus. O Santo Padre afirmou na ocasião que a exigência de uma nova evangelização torna “inadiável uma comunhão visível entre os cristãos”.

Dia 16

Terça-feira, 16 de junho: o Papa Francisco na Missa na Capela da Casa Santa Marta dedicou a sua homilia à contraposição entre riqueza e pobreza.

“Esta é a teologia da pobreza; este é o motivo pelo qual a pobreza está no centro do Evangelho; não é uma ideologia. É justamente este mistério, o mistério de Cristo que se rebaixou, humilhou-se, empobreceu-se para nos enriquecer. Assim se entende porque é que a primeira das Bem-aventuranças é ‘Bem-aventurados os pobres de espírito’. Este pobre de espírito é percorrer este caminho do Senhor: a pobreza do Senhor que, também, se rebaixa tanto que agora se faz ‘pão’ para nós, neste sacrifício. Continua a rebaixar-se na história da Igreja, no memorial da sua paixão, no memorial da sua humilhação, no memorial do seu rebaixamento, no memorial da sua pobreza, e deste ‘pão’ Ele nos enriquece”.

Dia 17

Quarta-feira, 17 de junho: o Papa Francisco na audiência geral propôs uma catequese sobre o luto na família. O Santo Padre começou por referir o episódio da viúva de Naim relatado por S. Lucas no capítulo 7 no qual Jesus se compadece da dor daquela mãe e nos faz ver a potência de Deus perante a morte.

Todas as famílias, sem exceção, devem lidar com a experiência da morte – afirmou o Santo Padre. “A morte toca e quando é um filho, toca profundamente” – disse o Papa. A perda de um filho é como parar o tempo, onde passado e futuro já não se distinguem. Toda a família fica paralisada. O mesmo acontece para o menor que fica órfão e, com sofrimento e que pergunta onde está o pai ou a mãe.

No final da audiência geral o Papa Francisco lembrou o Dia Mundial do Refugiado, promovido pelas Nações Unidas:

“Rezemos por tantos irmãos e irmãs que buscam refúgio longe da sua terra, que buscam uma casa onde poder viver sem temor, para que sejam sempre respeitados na sua dignidade. Encorajo a obra de quem lhes leva um auxílio e faço votos de que a comunidade internacional atue de maneira conforme e eficaz para prevenir as causas das migrações forçadas. Convido todos a pedir perdão pelas pessoas e as instituições que fecham a porta a esta gente que busca uma família, que busca proteção.”

Dia 18

18 de junho foi  o dia da publicação oficial da Encíclica “Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum”. O Santo Padre propõe no seu texto uma “ecologia integral” que seja um novo paradigma de justiça, que erradique a miséria e a desigualdade.

Francisco de Roma coloca-se na esteira de Francisco de Assis e inspira-se no Cântico das Criaturas afirmando que é preciso uma “conversão ecológica” e uma “mudança de rumo”, para que o homem assuma a responsabilidade de um compromisso para o cuidado da casa comum. Um compromisso para erradicar a miséria e promover a igualdade de acesso, para todos, aos recursos do planeta.

Dia 19

Importante encontro no Vaticano no dia 19 de junho: o Papa Francisco recebeu em audiência Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II, Patriarca Siro-Ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente.

O Santo Padre destacou a vocação ao martírio da Igreja Síro-Ortodoxa desde as suas origens e mesmo no presente e pediu orações conjuntas pelas vítimas desta violência e de todas as situações de guerra presentes no mundo.

O Papa exortou a serem reforçados ainda mais os laços de amizade e de fraternidade entre a Igreja Católica e a Igreja Síro-Ortodoxa deixando que o olhar esteja fixo na unidade.

No final do encontro o Papa e o Patriarca rezaram juntos na Capela Redemptoris Mater.

Dia 21

Dia 21 de junho foi um dia especial para a diocese de Turim: recebeu o Papa Francisco em visita pastoral no bicentenário do nascimento de D. Bosco e por ocasião da Exposição do Santo Sudário.

Na homilia da Missa celebrada em Turim o Santo Padre afirmou que o amor de Deus é fiel, tudo recria e é seguro como os rochedos que abrigam da violência das ondas. O Papa recordou os que fogem das guerras e das perseguições.

Foi durante os ritos de conclusão da Santa Missa em Turim que o Papa Francisco recitou a oração do Angelus. Desde logo, destaque para a sua mensagem antes da oração na qual o Santo Padre dirigiu o seu pensamento à Virgem Maria, Mãe amorosa que Jesus nos confiou da Cruz, no Seu gesto de amor maior. E um ícone deste amor é o Santo Sudário – afirmou o Santo Padre:

“ O Sudário atrai na direção do rosto e do corpo martirizado de Jesus e, ao mesmo tempo, impele em direção ao rosto de cada pessoa em sofrimento e injustamente perseguida. Impele-nos na mesma direção do dom do amor de Jesus.”

O primeiro encontro do Papa Francisco na cidade de Turim foi com o mundo do trabalho na Praça junto ao Palácio Real. O Santo Padre ouviu os testemunhos de uma operária, de um agricultor e de um empresário têxtil.

No discurso que proferiu o Papa Francisco começou por considerar que dos testemunhos que ouviu “emerge o sentido de responsabilidade perante os problemas causados pela crise económica” e testemunham a fé no Senhor e a unidade da família que são uma grande ajuda e apoio.

“ Hoje gostaria de unir a minha voz àquela de tantos trabalhadores e empresários em pedir que possa ativar-se também um ‘pacto social e geracional’, como indica a experiência do ‘Agorà’, que estais a levar em frente no território desta diocese. Colocar à disposição dados e recursos, na perspetiva de fazer em conjunto, é condição preliminar para superar a atual situação e para construir uma identidade nova e adequada aos tempos e às exigências do território.”

“É chegado o tempo de reativar uma solidariedade entre as gerações, de recuperar a confiança entre jovens e adultos. Isto implica também abrir concretas possibilidades de crédito para novas iniciativas, ativar uma constante orientação e acompanhamento do trabalho, apoiar a aprendizagem e a junção entre as empresas, a escola profissional e a universidade.”

Na manhã deste domingo, dia 21, o Papa Francisco visitou na Catedral de Turim o Santo Sudário que esteve exposto nos últimos meses. Deteve-se ali em profunda oração silenciosa durante cerca de dez minutos. Almoçou no Arcebispado, com jovens que estão detidos no estabelecimento prisional para menores e também com imigrantes, pessoas sem-abrigo e ainda uma família da etnia rom.

Da parte da tarde de domingo dia 21, o Papa Francisco, na sua visita a Turim, esteve no Santuário da Consolata e encontrou-se com os salesianos na Basílica de Maria Auxiliadora. Depois encontrou-se ainda com os doentes e mais tarde com os jovens na Praça Vittorio. Nesse último encontro do dia o Papa Francisco exortou os jovens a dizerem não à hipocrisia e ao hedonismo e disse-lhes para irem contra a corrente fazendo escolhas radicais, mesmo que sejam impopulares.

E com o primeiro dia da visita pastoral do Papa Francisco a Turim terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 15 a 21 de junho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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