Papa alerta para a corrupção e o desemprego e defende imigrantes


Turim (RV) – O Papa Francisco chegou a Turim neste domingo pouco depois das 8 da manhã, sendo  acolhido no Aeroporto de Caselle, entre outros, pelo Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia e pelo Prefeito Piero Fassino. O primeiro dos seus 13 compromissos oficiais nos dois dias em Turim foi o encontro com o mundo do trabalho na Piazzetta Reale.

Após ser saudado por uma operária, um agricultor e um empreendedor, o Papa expressou sua proximidade aos jovens desempregados, às pessoas que vivem em situação precária, mas também a todos os trabalhadores de todos os setores, reiterando uma vez mais que o trabalho não é necessário somente para a economia, mas para a pessoa humana, a sua dignidade, cidadania e inclusão social. A crise atual, marcada pela falta de trabalho, pelo aumento das desigualdades econômicas e sociais e pela pobreza tem reflexos em diversos setores na vida das pessoas e famílias, e os migrantes não podem ser culpados pelo aumento da competição por postos de trabalho, pois “ são vítimas da iniquidade, desta economia que descarta e das guerras”.

“Faz chorar ver o espetáculo destes dias, em que seres humanos são tratados como mercadoria!”, deplorou o Pontífice. Neste sentido, somos chamados a dizer “não” à economia do descarte que exclui aqueles que vivem em pobreza absoluta, as crianças, os anciãos “e agora excluem os jovens” (mais de 40% dos jovens italianos desempregados). Somos chamados a dizer “não” à idolatria do dinheiro, à corrupção - que de tão difundida parece ser um “comportamento normal” -, “não” aos conluios mafiosos, às fraudes, às propinas e coisas do gênero, “não” à iniquidade que gera violência. Dom Bosco – observou o Papa – nos ensina que o melhor método é o preventivo. Mesmo o conflito social pode ser prevenido, "e isto se faz com a justiça".

Esta situação – alertou o Papa – é global e devemos esperar a retomada. “O trabalho é fundamental”, afirmou, para então falar das mulheres, cujos direitos devem ser tutelados com força, pois elas, “mesmo carregando o maior peso no cuidado da casa, dos filhos e dos anciãos, são ainda discriminadas, também no trabalho”.

O Papa afirmou que Turim é chamada a ser ainda protagonista de uma nova estação de desenvolvimento econômico e social, com a sua tradição manufatureira e artesanal, mas para isto é necessário coragem na formação, exortando a se fazer um “pacto social e geracional”.

Uma vez mais o Pontífice ressaltou, ao falar da família, a riqueza dos filhos e dos avós, que representam “a força para o futuro” e a “memória do passado”, nos indicando assim por onde devemos andar. O Papa concluiu com um encorajamento: “Coragem! Sejam criativos, artífices do futuro, com a força e a esperança que o Senhor, que nunca desilude, nos dá!”. (JE)








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