Papa: sem a Palavra de Deus comunidades enfraquecem

No final da manhã de sexta-feira dia 19 de junho o Papa Francisco recebeu um grupo de membros da Federação Bíblica Católica. Aos biblistas presentes em Roma para a sua Assembleia Plenária, o Santo Padre falou de improviso, inspirando-se nas palavras do Presidente da Federação, o Arcebispo de Manila, nas Filipinas, o Cardeal Luís António Tagle.

O Papa afirmou, desde logo, que uma comunidade quando se fecha em si mesma e se esquece que foi enviada a anunciar o Evangelho enfraquece, adoece e morre.

O Santo Padre, recordando as dioceses do norte de África, no tempo de Santo Agostinho observou que “existem dois modos, duas maneiras de morrer: ou morrer fechado em si mesmo, ou morrer oferecendo a vida como testemunho. E uma Igreja que tem a coragem, a paresia, de levar em frente a Palavra de Deus e não se envergonha, está no caminho do martírio” – frisou o Papa.

Abordando a palavra martírio no seu significado original que é testemunho, o Papa Francisco apresentou S. Paulo como modelo da “Igreja em saída”, pois não permanecia nas igrejas que visitava, mas ali deixava alguém e continuava a sua missão noutra comunidade.

Apelando para uma igreja pastoral, o Papa recordou que “a Palavra de Deus não é algo que nos torne a vida fácil”, pois coloca-nos sempre em dificuldade – ressaltou o Papa que considerou ser importante afirmar sempre a verdade, mas “com ternura” como quem “leva às costas” o outro, como um “irmão”, e “sabe fazer um carinho”.

Na sua alocução o Santo Padre recordou também a importância das homilias pedindo que elas cheguem ao coração dos fiéis. (RS)