O Papa aos Cavaleiros do Trabalho: "O homem deve estar ao centro do desenvolvimento"


Cidade do Vaticano (RV) –  O Papa Francisco encerrou sua série de audiências sucessivas, na manhã deste sábado (20/6), recebendo, na Sala Clementina, cerca de 400 membros da Federação Nacional dos Cavaleiros do Trabalho.

Em seu discurso, o Santo Padre se referiu, inicialmente, à da Medalha “Honra ao Mérito do Trabalho”, atribuída, este ano, à Federação. Tal condecoração constitui, há mais de cem anos, um importante reconhecimento do Estado a quem mais se distingue no mundo empresarial e econômico, contribuindo para a criação de novos postos de trabalho e o lançamento de produtos italianos no mercado mundial. E o Papa acrescentou:

“Esta obra, pela qual vocês foram condecorados é, mais do que nunca, preciosa, em um tempo, como o nosso, que, depois de uma crise econômico-financeira, passou por uma pesada estagnação e uma verdadeira recessão, em um contexto social já tão marcado por desigualdades e desemprego, especialmente aquele juvenil”.

O desemprego é uma verdadeira e própria chaga social, porque priva os jovens de um elemento essencial para a sua realização e, o mundo econômico, da contribuição de forças juvenis. O mundo do trabalho deveria ter a expectativa de poder contar com jovens preparados e desejosos de trabalhar e progredir. Não obstante, a impressão é que eles não servem para nada. Este é um sintoma de uma disfunção grave, que não pode ser atribuída somente a causas globais ou internacionais. E o Pontífice explicou:

“O ensinamento social da Igreja adverte, continuamente, para este critério fundamental: o ser humano deve estar ao centro do desenvolvimento e, enquanto homens e mulheres permanecerem passivos ou marginalizados, não pode haver bem comum. Vocês se distinguiram porque ousaram e arriscaram, investiram ideias, energias e capitais, fazendo-os frutificar. Eis o alcance social do trabalho: a capacidade de envolver as pessoas e confiar-lhes responsabilidades, estimulando sua criatividade e esforço”.

A economia concorre para um autêntico desenvolvimento se estiver arraigada na justiça e no respeito das leis da economia, sem marginalizar indivíduos e povos, mantendo distância da corrupção e dos maus negócios e preservando o ambiente natural. Enfim, concluiu o Pontífice, devemos defender a causa dos menos favorecidos e dos pobres. (MT)








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