Dom Azcona: sair à rua para efetivar os princípios da Encíclia


Cidade do Vaticano (RV) – “Conversão ecológica” e “mudança de rota” são algumas das expressões utilizadas por Francisco em sua Encíclica sobre a ecologia - expressões que se tornam exigências para cuidar da nossa casa comum.

Para o Papa, o compromisso que todo o ser humano deve ser assumir para “mudar de rota” insere-se numa ecologia mais ampla, uma ecologia que ele define “integral, isto é, que inclua também a luta pelo desarraigamento da miséria, a atenção para com os mais indigentes e o acesso équo, para todos, aos recursos do planeta.

Estes são desafios que a Prelazia do Marajó, no extremo norte do Estado do Pará, assumiu através de seu Bispo, Dom José Luiz Azcona. Em entrevista ao Programa Brasileiro, Dom Azcona fala que tipo de contribuição a Encíclica poderá dar à região amazônica:

“Uma contribuição direta, porque a problemática ecológica envolve tudo o que é Amazônia. Portanto, o homem e a mulher da Amazônia, as relações sociais, a cultura amazônica, a cultura da natureza e o sentido da criação. Eu creio que para realizar as propostas, efetivar os princípios teológicos, filosóficos, sociológicos, estatísticos que o Papa colocará, é necessário o Espírito Santo. Porque, do contrário, nos acomodamos e ficaremos de braços cruzados. Concretamente, creio que animará nós bispos e sacerdotes a sair à rua, porque não tem outra maneira senão expressar publicamente aquilo que é princípio fundamental do Cristianismo: valores humanos, vida humana, dignidade humana – tudo relacionado com as temáticas ecológicas.

O texto da Encíclica foi enviado aos bispos de todo o mundo com uma pequena nota escrita à mão pelo Papa Francisco:

“Querido irmão, no vínculo da unidade, da caridade e da paz (LG 22) em que vivemos como bispos, lhe envio a minha ‘Laudato si’’ sobre o cuidado da nossa casa comum, acompanhada pela minha bênção. Unidos no Senhor e, por favor, não esqueça de rezar por mim.”

(BF)








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