Patriarca de Antioquia Aphrem II encontrará Francisco


Cidade do Vaticano (RV) -  O Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente, Sua Santidade Moran Mor Ignatius Aphrem II, estará em Roma de 17 a 20 de junho, quando encontrará o Papa Francisco para um momento de oração no dia 29. Além disto, o Patriarca visitará o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e o túmulo do Apóstolo Pedro, na Basílica vaticana. Aphrem II foi eleito em 2014 como 123º Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente.

A Igreja Sírio-ortodoxa tem sua origem nas primeiras comunidades cristãs estabelecidas em Antioquia, cidade onde residiram os apóstolos Pedro e Paulo. De lá partiram os primeiros missionários que evangelizaram a Ásia e a Europa.

Como todas as Igrejas Orientais, a Igreja Sírio-ortodoxa tem uma estrutura patriarcal. Os fieis são cerca de 1.800.000 em todo o mundo. Destes, 600 mil vivem na Síria, Turquia, Iraque,  e Israel. Houve diversos fluxos migratórios em direção aos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.

A maior comunidade, com 1.200.000 fieis está na Índia. A Igreja Malankara Sírio-ortodoxa, de Kerala, é parte integrante da Igreja Sírio-ortodoxa e reconhece o Patriarca de Antioquia como Patriarca Supremo. O Catholicos da Índia para a Igreja Malankara Sírio-ortodoxa é Sua Beatitude Mor Baselios Thomas I, que fará parte da delegação na visita a Roma.

Esta Igreja mártir conheceu episódios de perseguição em sua história de imigração, mesmo recentemente, com os trágicos acontecimentos verificados na Síria e Iraque. O Arcebispo sírio-ortodoxo de Aleppo, Mor Gregorius Yohanna Ibrahim, juntamente com o Bispo Paul Yazigi, da Igreja Greco-ortodoxa de Aleppo, foram sequestrados em 22 de abril de 2013. Anteriormente, a Igreja Sírio-ortodoxa já havia sofrido a tragédia da Sayfo (Espada), quando meio milhão de sírios foram mortos no fim da I Guerra Mundial, tragédia concomitante àquela vivida pelo povo armênio.

A Igreja Sírio-ortodoxa é muito próxima à Igreja Católica. A declaração comum assinada em Roma em 23 de junho de 1984  pelo Papa João Paulo II e pelo Patriarca Mor Zakka Iwas, reconheceu que as duas partes professam a mesma fé em Cristo e atribuiu as divergências cristológicas à diversidade cultural. Em novembro de 1993, a Comissão Teológica conjunta da Igreja Católica e da Igreja Sírio-ortodoxa Malankara, elaborou um acordo sobre matrimônios inter-religiosos, hoje conhecido como “Contrato Kerala”. Este acordo  - acompanhado por uma série de diretivas pastorais - foi aprovado pelo Papa João Paulo II e pelo Patriarca, em 25 de janeiro de 1994. (JE)








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