Papa celebrou a Eucaristia no Retiro Mundial de Sacerdotes


Roma (RV) – O III Retiro Mundial de Sacerdotes entrou no seu terceiro dia, reunindo mais de 1 mil sacerdotes dos cinco continentes na Basílica São João de Latrão, em Roma. Organizado pelo Serviço Internacional da Renovação Carismática e pela Fraternidade Católica, o retiro tem por tema “Chamados à santidade para a nova evangelização”. Às 16 horas desta sexta-feira, o Papa Francisco encontrou os sacerdotes, para quem falou, em espanhol, de forma descontraída, por cerca de duas horas. Às 18h10min presidiu a Santa Missa.

A Rádio Vaticano perguntou ao Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o Arcebispo espanhol José Rodríguez Carballo, OFM, sobre os objetivos deste encontro:

“Este retiro quer ser um pequeno terremoto na vida dos sacerdotes, dos padres. Porque também os padres podem cair na letargia, devido ao cansaço, à rotina, e também devido a outros fatores. Pois o retiro, como disse na Missa de abertura o Cardeal Stanislaw Rylko, não quer trazer tranquilidade aos sacerdotes, não! Quer despertá-los, quer criar inquietação, que o sacerdote entre em crise, no bom sentido da palavra. Que se pergunte onde está? Onde quer ir? e quais são os meios que está colocando. E o retiro vai tratar fundamentalmente de duas coisas: a santidade, o chamado à santidade. Um sacerdote tem que ter claro que é chamado a ser santo. E o segundo, redescobrir o dom da vocação a que foi chamado. Para vivê-la com alegria, e sempre numa atitude de saída. O Papa Francisco quer uma Igreja em saída. E os sacerdotes dentro da Igreja têm que ser os pioneiros desta Igreja em saída. E sempre como instrumentos da misericórdia de Deus. Ninguém que se aproxime de um sacerdote, pode sair deste encontro sem contemplar o rosto misericordioso de Deus. E se um pecador se aproxima a ele, pedindo misericórdia, não a pode negar. Se não a pede, ele tem que oferecer”.

Na manhã desta quinta-feira, segundo dia o retiro, o Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, foi o responsável pela reflexão aos participantes do encontro. “Sejam alegres! Despertem dentro de vós a alegria que caracterizou o primeiro dia da vossa ordenação!”, foi sua exortação.

Retomar o vigor inicial do chamado

“As vicissitudes da vida – disse o Cardeal Turkson – podem apagar aquele sentimento inicial, mas o Senhor nos convida constantemente a voltar a ele como fez com os apóstolos no dia de sua ressurreição”. O convite à alegria – continuou o purpurado – é o mesmo do abrir completamente o coração ao Senhor. “Ele – sublinhou – vem a nós com o seu perdão, com a cura e a reconciliação. Por isto ele nos pede para retomarmos o entusiasmo com o qual abraçamos este ministério”.

Ser perfeitos

Outro ponto da reflexão do Cardeal Turkson foi “ser perfeitos”. “O Apóstolo Paulo – explicou ele – nos dá este mandato difícil, nos advertindo que podemos nos tornar perfeitos somente seguindo Jesus. Por meio do Filho chegamos ao Pai”.

Abertura do Retiro

O Retiro foi aberto na tarde de quarta-feira (10/06) com uma Missa celebrada pelo Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, que em sua homilia também havia convidado os sacerdotes a redescobrirem o entusiasmo e a alegria inicial quando abraçaram a vocação e desejando que o retiro não trouxesse tranquilidade aos participantes, mas inquietação.

 (JE)








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