2015-06-07 18:35:00

Papa Francisco: diálogo com os jovens em Sarajevo


Como anunciamos ontem, após a celebração da santa missa no Estádio Kosevo em Sarajevo, o Papa Francisco encontrou-se na parte da tarde, mais precisamente às 16,20 horas locais com o clero e os religiosos e posteriormente, às 17, 30 o encontro ecuménico e inter-religioso e, finalmente, às 18,30, o encontro com os jóvens.

Falando aos jóvens, num discurso improvisado, e em resposta àlgumas perguntas dos jóvens e de modo particular à pergunta de um jóvem que ouviu dizer que o Papa Francisco estava desprovido da televisão há mais de 20 anos, Francisco respondeu dizendo: <

Em segundo lugar, saber escolher os programas, e isto é uma responsabilidade nossa. Se eu vejo que um programa não me faz bem, não me ajuda a crescer, desvaloriza os meus valores, os valores nos quais eu acredito, me faz tornar uma pessoa vulgar e mundano, então devo mudar o canal. Como se fazia durante a minha idade da pedra: quando um livro era bom, lia-se; quando um livro obrigava-te a estar mal, o deitavas fora. Há depois um terceiro aspeto: trata-se da fantasia negativa, daquela fantasia que mata a alma. Se tu que és jóvem, vives atacado ao computador e te tornas escravo do computador, tu perdes a liberdade. E se tu no computador procuras os programas “sujos”, ruíns, tu perdes a dignidade. Ver a televisão, usar o computador para coisas grandes, para as coisas que nos fazem crescer. Isto é bom. Obrigado”.

 

À um outro jovem que vive no Centro S. João Paulo II e que queria saber se o Papa Francisco sentia a alegria e o amor que todos os jovens da Bósnia e Erzegovina sentem em relação à sua pessoa, Francisco respondeu dizendo:<>.

 

Finalemente à um outro jóvem sempre do Centro S. João Paulo II que queria saber qual é a mensagem sobre a paz  que o Papa Francisco tinha para todos os jóvens, Francisco respondeu: << Nesta resposta vou repetir um pouco quanto já tinha dito antes. Todos falam da paz: alguns potentes da terra falam e dizem coisas bonitas àcerca da paz, mas por detrás vendem as armas. Da parte dos jovens eu espero maior sinceridade, maior honestidade entre as coisas que pensais, aquilo que sentís e aquilo que fazeis: as três coisas juntas. O contrário se chama hipocrisia. Alguns anos atrás vi um film sobre esta cidade, não recordo bem o título do film, mas a versão alemã que eu ví tinha como título, “a ponte”. Não sei como se pode chamar na vossa língua. E eu ví nesse film, como a ponte une sempre. Quando uma ponte não é usada para ir ao encontro do outro, mas é uma ponte probida, torna-se a ruína de uma existência. Por isso da vossa geração do após-guerra, eu espero maior honestidade e não hipócrisia; união, construir pontes, deixar que se possa ir de uma parte à outra. Isto sim que é fraternidade”.

 

 Finalmente, no ato de trocas dos dons com os jóvens o Santo Padre recordou mais uma vez aos jovens que, “vós sois flores da primavera do após-guera, fazei a paz, trabalhai para a paz todos juntos. Fazei que este seja um país de paz e que o Senhor vos abençoe”. 








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