Como anunciamos ontem, após a celebração da santa missa no Estádio Kosevo em Sarajevo, o Papa Francisco encontrou-se na parte da tarde, mais precisamente às 16,20 horas locais com o clero e os religiosos e posteriormente, às 17, 30 o encontro ecuménico e inter-religioso e, finalmente, às 18,30, o encontro com os jóvens.
Falando aos jóvens, num discurso improvisado, e em resposta àlgumas perguntas dos
jóvens e de modo particular à pergunta de um jóvem que ouviu dizer que o Papa Francisco
estava desprovido da televisão há mais de 20 anos, Francisco respondeu dizendo: < Em segundo lugar, saber escolher os programas, e isto é uma responsabilidade nossa.
Se eu vejo que um programa não me faz bem, não me ajuda a crescer, desvaloriza os
meus valores, os valores nos quais eu acredito, me faz tornar uma pessoa vulgar e
mundano, então devo mudar o canal. Como se fazia durante a minha idade da pedra: quando
um livro era bom, lia-se; quando um livro obrigava-te a estar mal, o deitavas fora.
Há depois um terceiro aspeto: trata-se da fantasia negativa, daquela fantasia que
mata a alma. Se tu que és jóvem, vives atacado ao computador e te tornas escravo do
computador, tu perdes a liberdade. E se tu no computador procuras os programas “sujos”,
ruíns, tu perdes a dignidade. Ver a televisão, usar o computador para coisas grandes,
para as coisas que nos fazem crescer. Isto é bom. Obrigado”. À um outro jovem que vive no Centro S. João Paulo II e que queria saber se o Papa
Francisco sentia a alegria e o amor que todos os jovens da Bósnia e Erzegovina sentem
em relação à sua pessoa, Francisco respondeu dizendo:<>. Finalemente à um outro jóvem sempre do Centro S. João Paulo II que queria saber
qual é a mensagem sobre a paz que o Papa Francisco tinha para todos os jóvens, Francisco
respondeu: << Nesta resposta vou repetir um pouco quanto já tinha dito antes. Todos
falam da paz: alguns potentes da terra falam e dizem coisas bonitas àcerca da paz,
mas por detrás vendem as armas. Da parte dos jovens eu espero maior sinceridade, maior
honestidade entre as coisas que pensais, aquilo que sentís e aquilo que fazeis: as
três coisas juntas. O contrário se chama hipocrisia. Alguns anos atrás vi um film
sobre esta cidade, não recordo bem o título do film, mas a versão alemã que eu ví
tinha como título, “a ponte”. Não sei como se pode chamar na vossa língua. E eu ví
nesse film, como a ponte une sempre. Quando uma ponte não é usada para ir ao encontro
do outro, mas é uma ponte probida, torna-se a ruína de uma existência. Por isso da
vossa geração do após-guerra, eu espero maior honestidade e não hipócrisia; união,
construir pontes, deixar que se possa ir de uma parte à outra. Isto sim que é fraternidade”. Finalmente, no ato de trocas dos dons com os jóvens o Santo Padre recordou mais
uma vez aos jovens que, “vós sois flores da primavera do após-guera, fazei a paz,
trabalhai para a paz todos juntos. Fazei que este seja um país de paz e que o Senhor
vos abençoe”.
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