Visita do Papa a Irbil levaria esperança aos refugiados, diz D. Warda


Roma (RV) – Uma visita do Papa Francisco a Irbil, no Curdistão iraquiano, onde milhares de famílias cristãs expulsas de Mosul pelos jihadistas encontraram refúgio, seria um momento de “grande impacto”, daria “muita esperança”, mesmo com as contínuas mensagens de solidariedade do Pontífice que dão “alegria aos refugiados”. Este foi o desejo expresso pelo Arcebispo Caldeu de Irbil, Beshar Warda, em uma coletiva de imprensa organizada em Roma pela Ajuda à Igreja que sofre.

“Quando encontrei o Papa Francisco há alguns meses ele me disse que gostaria de ir. Mas dizer quando isto será possível é difícil, depende de muitos protocolos. Nós todos não vemos a hora de ver o Papa em Irbil”, declarou Dom Warda.

Irbil, de fato, vê há cerca de um ano milhares de refugiados chegarem em seu território, sobretudo cristãos, mas também yazidis e outras minorias, expulsas da Planície do Nínive pelo autoproclamado Estado Islâmico. Ao falar dos fundamentalistas, o prelado afirmou que “o Isis é um câncer e deve ser detido logo. Com eles não existe possibilidade de diálogo, é necessário fazer alguma coisa”.

Solução

Interpelado por jornalistas a respeito de uma intervenção militar, Dom Beshar Warda acredita “não ser esta a única solução, que deve ser acompanhada por uma ação política, por uma reconciliação social, de diálogo. O chamado da Igreja para uma reconciliação nacional é muito forte. Mas se não se faz nada, nos tornamos responsáveis por esta situação”. O avanço do Isis, recordou o Arcebispo caldeu,  já provocou 2 milhões de refugiados.

Desde junho de 2014, início do avanço do Estado Islâmico, a Ajuda à Igreja que Sofre já doou mais de 7 milhões de euros à Igreja iraquiana, para construir oito escolas pré-fabricadas, para fornecer comida aos refugiados e alojamentos de aluguel para aqueles que deixaram suas casas. “Mas o objetivo que devemos ter em mente - afirmou o Presidente da AIS, Alfredo Mantovano – é permitir a estas pessoas não somente sobreviver e voltar a uma certa normalidade, mas também poder retornarem às terras de onde vieram. São terras, como a Planície do Nínive – sublinhou – com um extraordinário significado religioso e histórico”. (JE)








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