2015-06-02 09:45:00

Padre Fares: a figura do bispo no Papa Francisco


Foi publicado no mais recente número da revista “La Civiltà Cattolica” um artigo do padre Diego Fares com o título: “A figura do bispo no Papa Francisco”.

O teólogo jesuíta, ligado a Jorge Mário Bergoglio há mais de quarenta anos, falou à Rádio Vaticano e começou por afirmar que no Bispo de Roma, logo nos primeiros momentos do seu pontificado, acentuaram-se dois movimentos com claro fundamento na Constituição Dogmática “Lumen Gentium” saída do Concílio Vaticano II: o movimento de baixar-se para receber a bênção de Deus intercedida pelo povo e um outro movimento que é aquele de aproximar-se do povo com o qual quer fazer um caminho em conjunto.

Em relação à figura do Bispo, o Padre Fares, abordou, nas declarações à RV, a definição de bispos que não sejam príncipes mas pastores com o odor das ovelhas:

“ Isto de ser pastores, de ter o odor das ovelhas e não ser príncipes nem “pilotos”, vem de há quarenta anos, de quando eramos noviços e estudantes e ele era nosso provincial e depois reitor. Recordo-me de um colega que, passeando pela horta do nosso Colégio Massimo, onde tínhamos porcos, vacas e ovelhas, viu que Bergoglio, nosso reitor, estava a ajudar uma ovelha a parir. Surpreendido, o nosso colega ofereceu a sua ajuda. A ovelha tinha recusado um cordeiro dos três que tinha tido.”

“Bergoglio refletiu um instante e de improviso pegou no cordeiro e entregou-lhe dizendo: “Guarda-o”. “E como é que eu faço?” – perguntou ele. “Vai à enfermaria e aquece um pouco de leite e dá-lhe com o biberão”. Durante cinco meses, este estudante teve o cordeiro no seu quarto, que tinha o mau cheiro do odor das ovelhas… O cordeiro seguia-o por toda a casa, mesmo na igreja e nas aulas. Bergoglio disse-lhe: “Pus-te à prova”. Tu aprendes-te isto: se tu tratas dela, a ovelha segue-te. Faz assim”.

No seu artigo na revista "Civiltà Cattolica" o padre Diego Fares afirma ainda que o modelo de Bergoglio é o de um bispo como “homem de comunhão” que procura a unidade na “sensibilidade eclesial” da colegialidade. (RS)








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