Aleppo (RV) – “Um grito de dor! Um apelo à paz! Para que não seja tarde demais”. Esta é a dramática mensagem de quem vive, há anos, a tragédia do conflito sírio: o arcebispo de Aleppo dos Greco-melquitas, Jean-Clément Jeanbart.
O seu apelo foi difundido, em nome dos milhares de vítimas do conflito sírio, a poucas horas do enésimo bombardeio que atingiu a sede do arcebispado, em Aleppo, no noroeste da Síria, felizmente sem causar vítimas.
“Permitam-me acompanhar, no pranto e na dor, as famílias de Aleppo, que perderam tudo, até alguns parentes, cujas casas foram destruídas ou que não têm mais futuro”, afirmou o Arcebispo, que expressou seus sentimentos de amargura e de desconforto, cada vez mais crescentes, diante de “tantos pais em dificuldade, que enfrentam privações de todo tipo” para poder garantir aos filhos o mínimo indispensável para viver dignamente e crescer de modo saudável”.
E o Arcebispo de Aleppo acrescentou: “Permitam-me expressar a minha raiva e revoltar-me contra um sistema global, que tende à barbárie e é sedento de poder. Deixem-me chorar com o meu povo, aflito e ferido, com os milhares de vítimas sacrificadas, porque não sei se chegará aquela sociedade melhor e aquela primavera árabe prometidas”.
Por fim, o Arcebispo fez um apelo também às nações livre: “Permitam-me levantar a voz para pedir socorro aos homens de boa vontade, que se dignam ouvir-nos. Os milicianos do autoproclamado Estado Islâmico, já exterminaram milhares de cristãos da região. O que o Ocidente está esperando para intervir? O que as grandes nações estão esperando para deter tais atrocidades?
O Arcebispo de Aleppo, conclui, dizendo: “Faço votos de que todos aqueles que creem em Deus, bom e misericordioso, levantem conosco a sua voz para exortar os países civilizados a agir pela paz, antes que seja tarde demais”! (MT)
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