Card. Parolin: União gay na Irlanda, derrota para a humanidade


Cidade do Vaticano (RV) – Não somente uma derrota dos princípios cristãos, mas também uma derrota da humanidade. Assim o Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, definiu o resultado do referendum sobre casamento gay realizado na Irlanda. O Cardeal participou na noite de terça-feira (26) da entrega do Prêmio para a Doutrina Social da Igreja, conferido pela Fundação Centesimus Annus.

A família, baseada na união entre duas pessoas de sexo diferente, deve ser sempre tutelada. A Igreja defende, no entanto, que se deve levar em consideração o resultado do referendum na Irlanda. Mas, em que perspectiva? Assim explica o Cardeal Parolin:

“Estes resultados me deixaram muito triste.  Certo, como disse o Arcebispo de Dublin (ndr - Diarmuid Martin), a Igreja deve levar em consideração esta realidade, mas deve fazer isto no sentido de que, a meu ver, deve reforçar justamente todo o seu compromisso e fazer um esforço para evangelizar também a nossa cultura. E eu acredito que não seja somente uma derrota dos princípios cristãos, mas um pouco uma derrota da humanidade”.

A República da Irlanda, de forte tradição católica, converteu-se no último final de semana no primeiro país a autorizar, por meio de um referendum, o casamento homossexual. 62,07% do eleitorado disse "sim" à igualdade. O Presidente dos Bispos Italianos, Cardeal Angelo Bagnasco, afirmou que a votação irlandesa é "uma revolução cultural que nos afeta a todos". Interpelado pelo Jornal italiano La Reppublica sobre as uniões homossexuais, o Cardeal expressou, em seu nome, "pleno respeito pela dignidade de todos, qualquer que seja sua orientação (...). posição esta que não nos exime do esforço de distinguir, evitando simplificações que não ajudam". Para Bagnasco, o resultado do referendum questiona a Igreja: "O que temos que corrigir ou melhorar no diálogo com a cultura ocidental?".

Durante a premiação das obras sobre Doutrina Social da Igreja, o Cardeal Pietro Parolin afirmou que a crise atual não é somente econômica e financeira, mas também antropológica. Substancialmente, se criou a idolatria do dinheiro, sem raízes e sem um verdadeiro objetivo humano, golpeando de tal modo a própria economia e reduzindo a pessoa ao consumo e aos descarte. Portanto, é necessário sempre mais ligar economia e desenvolvimento”. (JE)








All the contents on this site are copyrighted ©.