Celebrou-se neste domingo o Dia de Oração pela Igreja na China


Cidade do Vaticano (RV) – Celebrou-se ontem, domingo, 24, o Dia de Oração pela Igreja na China, instituído por Bento XVI em 2007. Perguntado pelos jornalistas sobre as palavras do Presidente chinês, Xi Jinping, que recentemente declarara que as religiões na China devem ser independentes de influências estrangeiras e leais às autoridades, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin afirmou que “ser um bom católico, em comunhão com o Papa não vai contra a lealdade do cidadão”. “Creio e espero – afirmou o cardeal à agência Ansa - que as declarações” do presidente chinês “não queiram impedir o diálogo com um fechamento em relação à Santa Sé”. Em uma entrevista a emissora italiana TV2000, o Secretário de Estado do Vaticano acrescentou que, por outro lado, nas relações com países como a República Popular da China e o Vietnã “os tempos não devem ser apressados”, que “a paciência alcança tudo, consegue tudo”.

Mas sobre o significado para os católicos chineses do Dia de Oração, a Rádio Vaticano conversou com o Padre Antonio Sergianni missionário do PIME em Taiwan e China durante 24 anos e há 10 anos trabalha na Propaganda Fide, seção chinesa:

R. - O Papa Bento XVI, no final de sua Carta à Igreja Católica na China em 2007, pediu um dia de oração pela Igreja na China para todos os católicos do mundo. Relendo a carta, você pode perceber algumas ideias importantes. Dirige-se a todos os católicos do mundo e pede para rezar por aquela Igreja. À Igreja na China, aos católicos chineses, o Papa Bento pede para renovar a comunhão de fé em Jesus Cristo e a fidelidade ao Papa e, em seguida, também pede: “a unidade entre vocês, seja profunda e visível”. Isso é muito importante. O Papa insiste sobre a unidade da Igreja Católica na China. Ele convida a rezar por todos, reis e imperadores, como o Apóstolo Paulo, mas, sobretudo a rezar pelos inimigos. Há também uma oração de agradecimento por aquilo que o Senhor tem feito na história da Igreja na China. Isto é muito importante, porque não é apenas uma oração de súplica diante dos problemas, mas também um reconhecimento das maravilhas que o Senhor fez na China. Na carta fala sobre como a Igreja sempre manteve a sucessão apostólica, teve muitos mártires e muita fidelidade. “Tudo é obra do Senhor, por isso devemos agradecer”. Em seguida, dirige-se ao mundo inteiro, os católicos do mundo, convidando-os a rezar em um sinal de fraterna solidariedade fraterna, de comunhão, de participação, fazendo-nos sentir mais próximos dos católicos chineses. (SP)








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