Terça-feira, 19 de maio: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco focou a sua homilia no discurso de Jesus antes da Paixão e na despedida de Paulo em Mileto antes de ir a Jerusalém. Inspirado nestas leituras o Santo Padre falou sobre o significado de dizer adeus para um cristão. O Papa dirigiu o seu pensamento aos que são vítimas das perseguições e obrigados a fugir. Em particular recordou aqueles que fogem de Mianmar e do Iraque.
Existem pequenas e grandes despedidas na vida – sublinhou o Papa – como a “despedida da mãe, que saúda, dá o último abraço ao filho que parte para a guerra”. E há também a “última despedida que todos nós faremos quando o Senhor nos chamará para o lado de lá. Eu penso nisto” – afirmou o Papa. Nas leituras do dia ouve-se a palavra ‘adeus’ e o Santo Padre recordou que esta significa, confiarmos em Deus no momento da grande despedida:
“O que deixo eu? Tanto Paulo quanto Jesus, ambos, nestas duas passagens, fazem uma espécie de exame de consciência: ‘Eu fiz isso e isto … E eu o que fiz? Mas faz-nos bem imaginarmo-nos naquele momento. Quando será, não sabemos, mas haverá o momento no qual 'até depois', 'até breve', 'até amanhã' vai se tornar 'adeus'. Estou preparado para confiar a Deus todos os meus entes queridos? Para confiar-me a Deus? Para dizer aquela palavra que é a palavra da entrega do filho ao Pai? "
O Papa concluiu a sua homilia aconselhando todos a lerem as leituras sobre a despedida de Jesus e de Paulo e a “pensar que um dia” também nós deveremos dizer a palavra “adeus”: “A Deus confio a minha alma; a Deus confio a minha história; a Deus confio os meus entes queridos; a Deus confio tudo”. (RS)
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