Por "uma renovada pastoral social para a promoção humana integral"


Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso quadro semanal “O Brasil na Missão Continental”. Uma das notas que, certamente, tem caracterizado o Pontificado do Papa Francisco, é sua atenção pelos pobres e excluídos. Em linha com esta opção preferencial, propõe uma Igreja pobre e para os pobres, no meio deles, e exorta-nos a uma Igreja em saída, indo ao encontro daquelas realidades de periferias geográficas, sociais e existenciais – como costuma enfatizar.

Nesse sentido, trouxemos recentemente, neste espaço, o que o Documento de Aparecida – cuja redação foi presidida pelo então arcebispo de Buenos Aires, o então Cardeal Bergoglio – nos diz sobre a opção preferencial pelos pobres e excluídos.

Concluídas as páginas especificamente dedicadas a esta temática, o referido documento da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe desdobra o tema na ação evangelizadora da Igreja em termos de pastoral social.

A este propósito, na edição de hoje vamos ver o que nos dizem os números 399, 400, 401 e 402 do tópico – “Uma renovada pastoral social para a promoção humana integral”:

399. Assumindo com nova força esta opção pelos pobres, manifestamos que todo processo evangelizador envolve a promoção humana e a autêntica libertação “sem a qual não é possível uma ordem justa na sociedade”. Entendemos, além disso, que a verdadeira promoção humana não pode se reduzir a aspectos particulares: “Deve ser integral, isto é, promover a todos os homens e a todo homem”, a partir da vida nova em Cristo que transforma a pessoa de tal maneira que “a faz sujeito de seu próprio desenvolvimento”. Para a Igreja, o serviço da caridade, assim como o anúncio da Palavra e a celebração dos sacramentos, “é expressão irrenunciável da própria essência”.

400. Portanto, a partir de nossa condição de discípulos e missionários, queremos estimular o Evangelho da vida e da solidariedade em nossos planos pastorais, à luz da Doutrina Social da Igreja. Além disso, promover caminhos eclesiais mais efetivos, com a preparação e compromisso dos leigos para intervir nos assuntos sociais. As palavras de João Paulo II nos enchem de esperança: “Ainda que imperfeito e provisório, nada do que se possa realizar mediante o esforço solidário de todos e a graça divina em um momento dado da história, para fazer mais humana a vida dos homens, terá sido perdido ou terá sido em vão”.

401. As Conferências Episcopais e as igrejas locais tem a missão de promover renovados esforços para fortalecer uma Pastoral Social estruturada, orgânica e integral que, com a assistência e a promoção humana, faça-se presente nas novas realidades de exclusão e de marginalização em que vivem os grupos mais vulneráveis, onde a vida está mais ameaçada. No centro dessa ação está cada pessoa, que é acolhida e servida com cordialidade cristã. Nesta atividade a favor da vida de nossos povos, a Igreja católica apóia a colaboração mútua com outras comunidades cristãs.

402. A globalização faz emergir em nossos povos, novos rostos pobres. Com especial atenção e em continuidade com a Conferências Gerais anteriores, fixamos nosso olhar nos rostos dos novos excluídos: os migrantes, as vítimas da violência, os deslocados e refugiados, as vítimas do tráfico de pessoas e sequestros, os desaparecidos, os enfermos de HIV e de enfermidades endêmicas, os tóxico-dependentes, idosos, meninos e meninas que são vítimas da prostituição, pornografia e violência ou do trabalho infantil, mulheres maltratadas, vítimas da violência, da exclusão e do tráfico para a exploração sexual, pessoas com capacidades diferentes, grandes grupos de desempregados (as), os excluídos pelo analfabetismo tecnológico, as pessoas que vivem na rua das grandes cidades, os indígenas e afro-americanos, agricultores sem terra e os mineiros. A Igreja, com sua Pastoral Social, deve dar acolhida e acompanhar esta pessoas excluídas nas respectivas esferas.

Amigo ouvinte, por hoje é só. Semana que vem tem mais, se Deus quiser! (RL)

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