REPAM é apresentada na Assembleia da Caritas em Roma


Cidade do Vaticano (RV) - A Rede Eclesial Pan-amazônica, (REPAM) reúne Bispos sacerdotes, missionários e missionárias de congregações que trabalham na Floresta Amazônica, representantes de algumas Caritas nacionais e leigos pertencentes a várias estruturas da Igreja. A Pan-amazônia reúne Brasil, cuja área representa cerca de 60% da floresta amazônica, Peru, com aproximadamente 13% seguido da Colômbia, com cerca de 10% e Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, que juntos detêm cerca de 17% da floresta.

A Rede foi criada oficialmente em Brasília, em setembro de 2014, e apresentada de modo formal no Vaticano em março de 2015, ocasião em que foi escolhido como Presidente o Cardeal Cláudio Hummes.

Nesta sexta-feira (15/05), em Roma, será a vez da REPAM ser divulgada junto à Caritas, que está reunida em Plenária. O Secretário-executivo da Rede, o equatoriano Mauricio Lopez, vai levar aos delegados presentes na Assembleia sexta-feira (15/05) a ideia e a atuação da iniciativa. Ele conversou conosco. Eis o que disse:

“Esta é uma assembleia importante porque reúne as Caritas de 164 países, com múltiplos temas de interesse, como a campanha ‘Uma só família humana, alimento para todos’, que foi um esforço significativo nos últimos anos, mas neste evento está sendo dado destaque também ao cuidado da Criação, como o compromisso com as futuras gerações, que está em sintonia com a Encíclica que está chegando...”.

“Neste sentido, vamos realizar uma reunião de trabalho, que não será no grande plenário, mas somente para aqueles que têm maior interesse no tema. Esperamos a presença de 50 a 70 pessoas, e nossa ideia é divulgar o esforço regional da Repam a outras regiões do mundo, como a Ásia-Pacífico, África, que estão vivendo também fortes situações de expansão na frente agrícola da madeira e do extrativismo, com resultados similares. Queremos despertar uma reflexão, não para indicar como responder, mas ajudar a pensar: um exercício mais conjunto, para responder aos desafios desta magnitude.

Assim, nossa intenção será compartir com outras regiões do planeta e nossa esperança é que, discernindo juntos, quem sabe, no futuro, pensar em movimentos articulados de redes com suas particularidades específicas que trabalhando juntas, possam impostar uma ação comum em defesa do meio ambiente, e talvez que os países chamados ‘do norte do planeta’, industrializados e desenvolvidos, possam escutar este tipo de experiência: que seja uma ocasião para terem consciência de que tudo o que está acontecendo nas regiões do Sul, da Pan-amazônia e outros lugares sensíveis tem relação com o modelo de consumo, como estilo de vida que adotamos; tem a ver com a conversão interna e externa a fim de viver princípios com uma dinâmica mais austera.

O Papa Francisco nos recorda sempre: uma vida digna que permita que outros tenham uma vida igualmente digna, que reconheça os mais vulneráveis e excluídos, que sempre sofrem com mais força os impactos, e ainda os mais vulneráveis ainda, que são as próximas gerações, que hoje não têm a possibilidade de dizer sua palavra”. 

Para ouvi-lo clique acima.

(CM)

 








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