Patrimônio da humanidade ameaçado por extremistas islâmicos


Damasco (RV) – O Observatório sírio para os direitos humanos denuncia que o sítio arqueológico de Palmyra, declarado patrimônio da humanidade, corre o risco de ser tomado e destruído pelos extremistas do auto-proclamado Estado Islâmico (EI).

A cidade encontra-se a 240 km ao sul de Damasco e, de acordo com a rede Al Arabiya, os fundamentalistas estariam a cerca de 2km da porta de entrada principal de Palmyra.

Jóia do deserto

Palmyra é uma relíquia do I século, uma obra-prima da arquitetura e urbanística romanas, com sua famosa rua principal delimitada por monumentais colunas e o templo de Baal, um dos mais importantes monumentos culturais de toda a região. O sítio foi inscrito na lista dos patrimônios da humanidade em 1980 e, desde 2013, está também entre aqueles"em situação de risco".

Os milicianos do EI já destruíram importantes sítios arqueológicos no Iraque, como aquele de Nimrud – cuja datação remonta há mais de 3 mil anos – e também o sítio assírio de Hatra, cidade patrimônio da Unesco.

Os ataques foram perpetrados com machados e foices, além de disparos de metralhadoras, contra relíquias do II e III séculos antes de Cristo. Em outros lamentáveis episódios, os terroristas também destruíram estátuas conservadas em Mosul e incendiaram livros da antiga biblioteca, também na cidade de Mosul, onde está o comando central do auto-proclamado Califado.

Nações Unidas

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, expressou em nota a sua preocupação pelo local estar em risco, assim como pelo medo provocado na população com a presença dos jihadistas. Bokova pede o imediato fim do conflito. 

(RB)

 








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