ONU: Conferência sobre família e desenvolvimento sustentável


Nova York (RV) - Realizou-se nesta quinta-feira (14/05), na sede das Nações Unidas, em Nova York, a conferência sobre o tema “Família e  desenvolvimento sustentável”, organizada pela Missão Permanente da Santa Sé na ONU, pelo Pontifício Conselho para a Família e pela Aliança de Civilizações das Nações Unidas.

O encontro foi realizado por ocasião do Dia Internacional da Família, celebrado nesta sexta-feira (15/05). Em sua saudação aos presentes, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, recordou as palavras do Papa Francisco sobre a família como “elemento essencial do desenvolvimento humano e social sustentável”, durante o encontro, um ano atrás, no Vaticano, que contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros líderes mundiais.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, proferiu um discurso no qual destacou o conceito antropológico de família, sublinhando que os objetivos de desenvolvimento do milênio passam por ela. 

“A família é o lugar antropológico por excelência que deve ser tutelado a fim de atingir tais objetivos. A Doutrina Social da Igreja sobre a família, se baseia no reconhecimento da dignidade inalienável da pessoa humana, desde a concepção até a morte natural. Essa dignidade nos chama a uma vida de solidariedade que supera a solidão e o individualismo, vividos sem o respeito pela subsidiariedade, base autêntica da liberdade das escolhas individuais e comunitárias”.

O prelado insistiu sobre a dignidade humana para por fim à pobreza e combater as desigualdades. Ele disse ainda que deve ser garantido a cada pessoa uma vida sadia e o acesso à educação, com a inclusão de mulheres e crianças. Falou sobre a prosperidade numa economia forte, inclusiva e transformadora. Disse que o Planeta deve ser protegido por esta e pelas próximas gerações e que é necessário promover sociedades pacíficas, seguras, e instituições fortes.  Enfim, destacou uma parceria feita de solidariedade global para o desenvolvimento sustentável.

“A história nos ensina que as sociedades que conseguiram proteger a estabilidade e a fecundidade das famílias souberam tutelar os seus membros da pobreza que oprime mais de um bilhão de pessoas no mundo”, recordou Dom Paglia. “As sociedades centralizadas na família abriram caminhos para a criação de escolas, universidades e centros de saúde que hoje são ainda acessíveis a todos. Em relação ao ocidente, o arcebispo recordou que “a família natural é o lugar onde o outro não pode ser ignorado”.

Dom Paglia saudou a  Aliança de Civilizações das Nações Unidas e sublinhou o seu trabalho precioso “para eliminar as incompreensões entre sociedades islâmicas e ocidentais, e favorecer o melhoramento substancial e duradouro de suas relações recíprocas”. (MJ)








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