Papa: Difundir a cultura da inclusão e reconciliação


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu, nesta segunda-feira(11/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, sete mil crianças da ‘Fábrica da paz’, iniciativa a fim de mobilizar as instituições, os meios de comunicação, os organismos eclesiais, organizações não governamentais, o mundo do trabalho e da política a construírem agora e no futuro um mundo de paz.

O pontífice foi convidado pelas crianças a trabalhar junto com elas pela paz. Este “é um trabalho bonito, pois se trata de construir uma sociedade sem injustiças e violências, onde crianças e adolescentes possam ser acolhidos e crescerem no amor”, destaca o Santo Padre no discurso entregue aos responsáves do movimento.

O pontífice ressalta que precisamos de “fábricas de paz, pois não faltam as fábricas de guerra”. “A guerra é fruto do ódio, do egoísmo, da vontade de ter cada vez mais e prevalecer sobre os outros”. Para combater a guerra “vocês se comprometeram a difundir a cultura da inclusão, da reconciliação e do encontro. É um caminho que requer coragem e esforço para que todos compreendam a necessidade de uma mudança de mentalidade, a fim de garantir segurança para as crianças do Planeta, sobretudo para aquelas que vivem nas áreas de guerra e perseguição”, frisa Santo Padre.

O termo “Fábrica da paz” nos diz que a paz é algo que precisa ser construído com sabedoria e tenacidade. Para construir um mundo de paz é preciso começar do nosso mundo, ou seja, dos ambientes em que vivemos como a família, escola etc. “É importante trabalhar junto com as pessoas que vivem conosco, como os amigos, os colegas de escola, os pais e educadores. É necessária a ajuda de todos para construir um futuro melhor”.

O Papa exorta as crianças da ‘Fábrica da paz’ a não se renderem diante das dificuldades e incompreensões. “Se vocês brigarem com seus coleguinhas, façam logo a paz, e peçam desculpas aos pais e amigos quando fizerem algo de errado.” “O verdadeiro construtor da paz é aquele que faz o primeiro passo em direção ao outro. Isso não significa fragilidade, mas força, força da paz. Como acabar com as guerras no mundo, se não somos capazes de superar as nossas pequenas incompreensões e brigas? As nossas ações de diálogo, perdão e reconciliação são tijolos que servem para construir o edifício da paz”, disse ainda Francisco.

O pontífice sublinha ainda que a ‘Fábrica da paz’ não tem fronteiras. Nela se respira um clima de acolhimento e encontro sem barreiras e exclusões. “Diante de pessoas provenientes de etnias diferentes, que possuem outras tradições e religiões, o comportamento de vocês deve ser de conhecimento e diálogo para a inclusão de todos, no respeito das leis do Estado. Vocês entenderam que para construir um mundo de paz é indispensável se interessar pelos pobres, sofredores e abandonados.”

Francisco recorda no texto as crianças que pelo fato de serem cristãs foram expulsas de suas casas, de seus países ou foram mortas. “O trabalho dessa fábrica se torna realmente uma obra de amor. Amar os outros, especialmente os desfavorecidos, significa testemunhar que cada pessoa é um dom de Deus”. 

“A paz é um dom de Deus, um dom que deve ser pedido com confiança na oração”, frisa ainda o Papa Francisco. “É importante ser testemunhas da paz e do amor, mas também testemunhas de oração. Rezar significa falar com Deus e entregar a Ele os desejos, as alegrias e os desprazeres. Rezar significa perdir perdão toda vez que se erra e se comente um pecado, na certeza de que Ele perdoa sempre. A bondade de Deus para conosco nos impulsiona a ser misericordiosos com os nossos irmãos, perdoando-lhes de coração quando nos ofendem ou nos fazem algum mal”, sublinha o Santo Padre.

“A paz tem um rosto e um coração: o rosto e o coração de Jesus, o Filho de Deus que morreu na cruz e ressuscitou para doar a paz a todo ser humano e a toda a humanidade. Jesus é a paz porque  abateu o muro do ódio que separa os homens”, frisa ainda Francisco que pede para as crianças da ‘Fábrica da paz’ para rezarem por ele. (MJ)








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