2015-05-07 14:47:00

Em nome da tolerância impede-se a liberdade de expressão


O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, dia 7 de maio, o Comité conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e a Conferência das Igrejas Europeias (CEC) que reúne as outras igrejas cristãs do continente. Este Comité está reunido em Roma no seu encontro anual subordinado ao tema: “A liberdade e as liberdades: uma abordagem cristã”.

O Santo Padre no discurso que proferiu começou por colocar em evidência o trabalho deste Comité que promove um caminho ecuménico na Europa. “Durante muito tempo os cristãos deste continente combateram-se uns contra os outros. Hoje, graças a Deus, a situação é muito diferente” – afirmou o Papa que congratulou-se com os passos dados no movimento ecuménico na Europa. Em particular, referiu a Carta Ecuménica de Estrasburgo de 2001 e as recentes assembleias ecuménicas europeias que, nas palavras do Santo Padre, demonstram a “fecunda colaboração entre a Conferência das Igrejas Europeias e o Conselho das Conferências Episcopais da Europa” e revelam um caminho que já é parte integrante do “processo de reconciliação e de comunhão que o Senhor nos pede e nos faz cumprir”.

O Papa Francisco citou o Decreto conciliar sobre o ecumenismo Unitatis redintegratio que afirma que a divisão entre os cristãos “prejudica a santíssima causa da pregação do evangelho a cada criatura”. Com esta citação o Santo Padre declarou desejar que não faltem as ocasiões de reflexão comum sobre importantes questões antropológicas e éticas, para que seja possível “encontrar respostas comuns às questões que a sociedade contemporânea põe a nós cristãos”.

“Hoje as Igrejas e as Comunidades eclesiais na Europa estão a enfrentar desafios novos e decisivos, aos quais podem dar respostas eficazes apenas falando a uma só voz” – sublinhou o Papa Francisco que forneceu, desde logo, um exemplo:

“Penso, por exemplo, no desafio posto por legislações que, em nome de um princípio de tolerância mal interpretado, acabam por impedir os cidadãos de exprimir livremente e praticar em modo pacífico e legítimo as suas próprias convicções religiosas.”

O Santo Padre referiu também que perante a dramática e trágica situação dos migrantes na Europa, as Igrejas e Comunidades eclesiais têm o dever de colaborar para promover a solidariedade e o acolhimento.

Na conclusão do seu discurso o Papa Francisco considerou que os cristãos da Europa são chamados a intercederem com a oração e a agirem para levarem diálogo e paz aos conflitos atuais.

Recordemos que na sexta-feira dia 8 de maio será apresentada na Sala Marconi da Rádio Vaticano em conferência de imprensa uma Mensagem Comum deste Comité Conjunto. Estarão presentes o Cardeal Peter Erdõ, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa e o Rev. Christopher Hill, Presidente da Conferência das Igrejas Europeias. (RS








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