2015-05-06 09:52:00

Papa encontrará 7 mil crianças da “Fábrica da paz”


O Papa Francisco receberá, na próxima segunda-feira dia 11 de maio na Sala Paulo VI, no Vaticano, sete mil crianças que conversarão com o Santo Padre sobre paz, amor, acolhimento e integração.

Este será o primeiro evento organizado pela ‘Fábrica da paz’, iniciativa lançada nesta terça-feira dia 5 de maio em Roma na sede da FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. Esta iniciativa tem como objetivo mobilizar as instituições, os meios de comunicação, os organismos eclesiais, as organizações não-governamentais e as organizações da vida empresarial e da política para construírem um mundo de paz.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, participou da conferência de imprensa de apresentação da ‘Fábrica da paz’ e prestou declarações à Rádio Vaticano:

“O Papa fica sempre contente de  dialogar com as crianças, de brincar com elas e acolhê-las. O facto de ter uma iniciativa de educação que comece do ensino básico para recomeçar a educar para a paz com métodos adequados, fazendo encontrar crianças de condições, etnias e religiões diferentes como as que se encontram nas escolas públicas da Itália e em muitos outros âmbitos da sociedade italiana, é uma ideia importante e esperamos que consiga criar um movimento que seja arreigado na realidade de base que é o ensino básico para dar frutos de paz na medida em que as crianças crescem, com a solidariedade das instituições, das associações e de todas as pessoas envolvidas no campo da educação.

O Papa fala de um “pacto educacional” entre famílias, escolas e sociedade; fala de uma “aldeia” necessária, como dizem os africanos, para educar a criança, portanto, de uma realidade comunitária muito ampla para educar, e fala de uma cultura do encontro que supere toda a diferença e fronteira, até mesmo de tipo confessional, para o bem comum e da sociedade. Portanto, o Papa pode dar uma contribuição inspiradora muito forte e com profunda sintonia a este projeto. Esperamos que dê bons frutos.”

A Rádio Vaticano entrevistou também a psicóloga Maria Rita Parsi, promotora do evento juntamente com outras personalidades, sobre a iniciativa que pretende educar para a paz:

“As crianças são o presente e o futuro e a elas devemos dar o testemunho de um mundo que deve ser pacificado, porque se não for assim o planeta não conseguirá superar os traumas contínuos. Infelizmente, a agonia das guerras, do consumo que se faz do planeta, e da violência chegaram a um ponto, juntamente com o mundo virtual que caminha paralelamente com o mundo real, que se não colocamos regras, normas, se não encontrarmos a maneira de ser tolerantes entre nós, de nos unirmos, de nos confrontarmos e dialogar, acredito que não existirá futuro, na realidade, para o planeta. Portanto, não haverá futuro para as crianças, para os futuros adolescentes e os adolescentes que hoje estão entre nós.”

Segundo a psicóloga Maria Rita Parsi a palavra ‘fábrica’ foi escolhida “porque a paz tem de ser construída colocando tijolo a tijolo e os tijolos desta fábrica são as crianças. São o recurso efetivo da mudança, pois as crianças podem fazer uma revolução autêntica do coração.”

Na construção desta “Fábrica da paz” serão envolvidas as escolas, as famílias, as instituições e tudo o que está ligado ao social, à política, ao mundo do desporto e ao mundo espiritual. A convicção fundamental deste projeto é que todas as possibilidades de mudança e de transformação da sociedade passam pelo diálogo, pela tolerância, numa palavra, passam pela paz. (RS)








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