O Embaixador da Bolívia, a Igreja e o acesso ao mar


La Paz (RV) – O novo Embaixador da Bolívia junto à Santa Sé, Armando Loaiza, afirmou, que ao assumir suas novas funções, irá expor detalhadamente os detalhes que envolvem o pedido do país andino de uma saída para o mar, ponto de contenda com o Chile. Loaiza precisou que não solicitará uma mediação do Papa, visto que o caso tramita na Corte Internacional de Justiça de Haia.

“Enquanto o processo tramita em Haya, é impossível que alguém aceite a mediação. Primeiro isto, não se pode, pois está vigente um processo e segundo, para que haja uma mediação, as duas partes devem aceitar e, o Chile jamais vai aceitar, já disse isto”, declarou o Embaixador, que recebeu o ‘plácet’ da Santa Sé para ocupar novamente o cargo, já exercido de 1994 a 1998.

Como Chanceler, Loaiza também faz parte do Conselho de assessores do Presidente Evo Morales que trata da política marítima. Segundo ele, “não agrada muito à Igreja assumir em demasia o papel de mediador, como se fosse uma Corte” e o faz somente quando considera que em uma situação “é imperativo atuar ou sua ação pode ser útil”.

Com a solicitação apresentada à Corte Internacional de Haya em 2013, o governo boliviano busca uma decisão que obrigue o Chile a negociar de boa fé a centenária reclamação de uma restituição do acesso soberano ao Pacífico, perdido em uma guerra travada no final do século XIX. No conflito, os bolivianos perderam seus 400 km de costa e 120 mil km² de território.

O Chile rejeita o pedido da Bolívia com o argumento de que as fronteiras foram definidas em um tratado firmado em 1904. O país também objeta a competência do Tribunal Internacional para tratar da questão.

A Corte de Haya convocou o Chile para apresentar suas alegações oralmente no último dia 4 e também no dia 7 de maio, enquanto a Bolívia esta quarta-feira (06/05)e no dia 8 de maio. (JE-EFE)

 

 








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