A contribuição suiça ao Sínodo sobre as Famílias


Berna (RV) – Cerca de seis mil fieis responderam ao convite da Conferência Episcopal Suiça (CES) para contribuir com seus posicionamentos para a elaboração do questionário preparatório do próximo Sínodo Ordinário sobre a Família, a ser realizado em outubro próximo. O êxito da consulta confirma as respostas dadas à precedente sondagem online realizada em 2013 pelo Instituto de Sociologia Pastoral de San Gallo, em preparação ao Sínodo Extraordinário realizado em 2014.

Consenso sobre ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e família

Se por um lado as respostas revelaram um amplo consenso e apreçamento dos fieis pelos ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e família, por outro mostraram-se muito difusas quanto à compreensão para casos concretos de fracasso dos matrimônios e fragmentação das famílias. Neste ponto, aparece o desejo de que a Igreja encontre novas soluções para estes casos. Somente uma pequena minoria mostrou-se absolutamente contrária a qualquer modificação da atual doutrina católica nesta matéria.

Consciência das dificuldades e pedido de novas soluções

Em particular, segundo a maior parte das pessoas que participaram da consulta, a exclusão absoluta dos divorciados recasados dos sacramentos deveria ser revista em favor de uma aplicação mais flexível desta disposição e que leve em consideração casos particulares. Em relação aos casais homossexuais, mesmo se a maioria rejeita a equiparação das uniões entre pessoas do mesmo sexo ao matrimônio, muitos são favoráveis à concessão de uma bênção a estes casais, para que possam ter seu espaço na Igreja. Também comum entre as pessoas consultadas, é a consciência de que o matrimônio sacramental está se tornando sempre mais uma escolha minoritária, o que levou a um pedido de um maior empenho da Igreja na preparação e no acompanhamento dos casais que se casam na Igreja e de um maior apoio às famílias.

O participantes da consulta

A sondagem – coordenada pelo Secretariado da Comissão Pastoral da CES - foi realizada entre janeiro e março do corrente. Participaram agentes de pastoral, catequistas e fieis comprometidos nas paróquias e nas comunidades, além de associações eclesiais. Os dados, após analisados e sintetizados, foram compilados num relatório e enviados ao Vaticano. (JE)








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