2015-05-04 17:48:00

O Guarda Suíço é uma pessoa que procura seguir Cristo - Papa Francisco


O Papa Francisco recebeu hoje em audiência, os Guardas Suíços Pontifícios. Foi o primeiro acto de uma série de eventos que irão até ao dia 6 e que culminarão com o juramento, nesse dia, de 32 novos recrutas. 6 de Maio é, de facto, considerado o dia dos Guardas Suíços Pontifícios, em recordação da heróica morte de 147 soldados helvéticos, que deram a vida a 6 de Maio de 1527 para defender o Pontífice durante o saque de Roma. Esta tarde, às 16 horas o comandante dos Guardas, Coronel Christoph Graf, encontra alguns representantes dos media suíços no chamado Bairro suíço, dentro do Vaticano.

Amanhã 5, ao meio dia, haverá, sempre no Bairro suíço, um concerto musical do grupo Belalp di Naters, seguido dum aperitivo para os pais dos recrutas e hóspedes de honra; às 17 horas, Vésperas na Igreja “Santa Maria in Campo Santo Teutónico”, celebradas por D. Jean Marie Lovey, bispo de Sion, na Suíça.

Finalmente no dia 6, Missa às 7 horas da manhã, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. O momento culminante será o juramento de 32 novos recrutas às 17 horas, no Pátio de São Dâmaso no interior da Cidade do Vaticano. A cerimónia terá lugar na presença do Representante do Santo Padre, D. Giovani Becciu, Substituto da Secretaria de Estado, e de outros membros da Cúria Romana, assim como de delegações do Corpo diplomático junto da Santa Sé.

Ao encontrar os Guardas esta manhã na Sala Clementina, o Papa dirigiu-lhes algumas palavras para  - disse - fazer crescer na amizade, pois que desempenham  um serviço muito próximo dele. Uma amizade particular, baseada no amor de Cristo, aquele “amor maior” que permite “dar a vida pelos próprios amigos”. Os guardas suíços que deram a vida para defender o Pontífice durante o saque de Roma – frisou o Papa – seguiram esta chamada de Cristo. O Papa evocou depois a figura de Santo Inácio de Loyola que tinha sido também soldado e que dizia sempre que Cristo Rei, escolhe os seus colaboradores, aos quais pede para estarem prontos para sacrifícios, porque assim participarão também da vitória. O fundador da Congregação dos  Jesuítas comparava o mundo a dois campos militares, um que segue Cristo e outro Satanás. Para o cristão a escolha é clara: Cristo. Um soldado de Cristo participa na vida do seu Senhor – disse-lhes o Papa, recordando-lhes que são chamados a “assumir as preocupações de Cristo, a ser seus companheiros” de modo a aprenderem dia por dia a “sentir” com Cristo e com a Igreja” .

“Um Guarda Suíço – insistiu o Papa – é uma pessoa que procura realmente seguir o Senhor Jesus e que ama de modo particular a Igreja, é um cristão de fé genuína” .

E como faz com outros cristãos, o Papa recomendou-lhes a prática da vida cristã através dos Sacramentos, da participação na Missa, na confissão e a trazerem sempre consigo um pequeno Evangelho para lerem nos momentos tranquilos; tudo sem descurar a oração pessoal, especialmente o terço do Rosário durante “os piquetes de honra” e acções de caridade com pobres, doentes e com quantos necessitam duma boa palavra…

Recordando-lhes ainda que são um “manifesto” da Santa Sé, o Papa encorajou-os a transmitirem sempre aos peregrinos, às pessoas que encontram gentileza e competência, isto é esse “amor que vem de Cristo”.

Por fim agradeceu-os, dizendo-se consciente de que desempenham um serviço que requer muito empenho. E pedindo-lhes oração para ele, assegurou-lhes também a sua oração. (DA) 








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