2015-05-04 18:38:00

Dante Alighieri, profeta de esperança - Papa Francisco


A Itália assinala neste dia 4 de Maio os 750 anos do nascimento do grande poeta e pai da língua italiana, Dante Alighieri. O evento foi comemorado esta manhã com um acto solene no Senado da República, em que participaram, entre outras personalidades, o Presidente da República, Sergio Mattarella; o Presidente do Senado, Pietro Grassi, representantes de Fundações ligadas ao nome de Dante, o actor e realizador cinematográfico, Roberto Benigni que recitou o Canto do Paraíso escrito por Dante.

A Santa Sé fez-se representar pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura que levou uma mensagem do Papa Francisco. O Papa diz unir-se assim a quantos “consideram Dante Alighieri um artista de altíssimo valor universal, que tem ainda muito a dizer e a dar, através das suas obras imortais, a quantos desejam percorrer a via do verdadeiro conhecimento, da autentica descoberta de si, do mundo, do sentido profundo e transcendental da existência.”

O Papa cita alguns dos seus predecessores que puseram em realce a grandeza da figura de Dante não só no plano artistico como também teológica e cultural. Bento XV publicara uma encíclica em 1921 em que punha em relevo “a intima união de Dante com a Cátedra de Pedro” e convidava a reconhecer o forte elã que Dante tirou da fé divina e a fazer uma leitura correcta das suas obras sobretudo na formação escolar e universitária.

Também o Papa Paulo VI tinha particularmente a peito a figura e a obra de Dante, ao qual dedicou. na conclusão do Concílio Vaticano II, a belíssima Carta Apostólica “Altissimi Cantus” em que indicava, com grande sensibilidade e profundidade, as linhas fundamentais e sempre vivas da obra dantesca. “Dante é nosso!, Nosso, queremos dizer, da fé católica” – afirmava  Paulo VI.

Os Papas seguintes, João Paulo II e Bento XVI não deixaram de se referir diversas vezes ao grande poeta italiano.. Na encíclica “Lumen Fidei”, São João Paulo II dizia ter-se recorrido a esse património de imagens, símbolos, valores, contido nas obras de Dante.

 E na vigília do Ano Jubilar da Misericórdia, o actual Papa exprime o desejo de que as celebrações dos 750 anos do nascimento de Dante, assim como o sétimo centenário da sua morte em 2021 possam ser uma ocasião para que a sua figura e as suas obras sejam novamente compreendidas e valorizadas. A Comédia – diz o Papa – pode ser lido como um itinerário, uma peregrinação, em que a humanidade é chamada a abandonar aquilo que Dante define o “caminho que nos torna ferozes” para chegarmos a uma nova condição, marcada pela harmonia, pela paz, pela felicidade. É este o horizonte de todo e autentico humanismo”  - diz o Papa Francisco rematando: “Dante é, pois, profeta da esperança”. (DA) 








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