2015-05-04 17:47:00

A Semana do Papa de 27 de abril a 3 de maio


Dia 27

Na segunda-feira, dia 27 de abril o Papa Francisco encontrou-se com os bispos do Benim, presentes em Roma em visita “ad Limina Apostolorum”, e disse-lhes para lutarem contra a "cultura do descartável" e cuidarem do frágil património do diálogo com o Islão.

Dia 28

Na terça-feira, dia 28 de abril o Santo Padre encontrou-se com o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon na sede da Academia Pontifícia das Ciências, no Vaticano. Ban Ki-moon participou num seminário sobre as dimensões morais das mudanças climáticas e agradeceu ao Papa por ter aceite discursar na Assembleia das Nações Unidas no próximo dia 25 de setembro. O secretário-geral da ONU descreveu ainda ao Papa alguns dos principais compromissos das Nações Unidas não apenas sobre questões ambientais, mas também sobre os migrantes e as dramáticas situações humanitárias em diversas partes do mundo.

Dia 29

Quarta-feira, 29 de abril: o sol de Roma acolheu as dezenas de milhares de fiéis que saudaram o Papa Francisco para a audiência geral na Praça de S. Pedro. O Santo Padre propôs mais uma catequese sobre o matrimónio, partindo, desta vez, do episódio narrado por S. João: As bodas de Caná.

“Jesus não só participou naquele matrimónio, mas ‘salvou a festa’ com o milagre do vinho!”

Em Caná, Jesus não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho – salientou o Santo Padre que exortou os cristãos a não terem medo de convidar Jesus para as suas bodas e a testemunharem a alegria e a vida conjugal abençoada por Deus no matrimónio:

“O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimónio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a beleza deste sacramento!”

O Papa Francisco referiu ainda que a semente cristã da radical igualdade entre os cônjuges deve hoje dar novos frutos. Por exemplo, os cristãos devem ser mais exigentes com a igualdade de retribuição para igual trabalho, entre homem e mulher. Ao mesmo tempo, deve ser reconhecida como uma riqueza a maternidade e a paternidade – acrescentou o Santo Padre que concluiu a sua catequese dizendo aos fiéis para não terem medo de convidar Jesus para as suas núpcias.

Dia 30

Quinta-feira, 30 de abril: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco refletiu sobre a identidade cristã que é história e serviço vivida entre graça e pecado.

“Quantos pecadores, quantos crimes. Na nossa história devemos reconhecer que somos santos e pecadores. E a minha história pessoal, de cada um, deve reconhecer o pecado, o próprio pecado e a graça do Senhor, que está connosco, acompanhando-nos no pecado para perdoar, e acompanhando-nos na graça.”

Segundo o Papa a identidade cristã tem um segundo aspeto: além de ser a história de um povo é serviço: Jesus lava os pés dos discípulos convidando a fazer o mesmo: servir:

“Ser cristão não é uma aparência, não é maquilhar a alma, para que seja um pouco mais bonita. Ser cristão é fazer o que Jesus fez: servir”.

Dia 1

Na manhã deste dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, foi a inauguração da Exposição Universal de Milão 2015 que terá as suas portas abertas até ao próximo dia 31 de outubro. O tema deste grande evento é: “Nutrir o planeta, energia para a vida”.

O Papa Francisco participou na cerimónia de inauguração através de uma ligação vídeo em direto. Na sua breve alocução o Santo Padre fez-se porta-voz dos pobres do mundo pedindo que esta Expo Milão 2015 seja uma propícia ocasião para “globalizar a solidariedade”.

Fazendo referência ao tema: “Nutrir o planeta, energia para a vida”, o Santo Padre salientou a sua importância, exortando todos os que visitarem os maravilhosos pavilhões da Expo a verem os rostos dos verdadeiros protagonistas do evento: “os rostos dos homens e mulheres que têm fome e que adoecem e até mesmo morrem por uma alimentação demasiado carente ou nociva.”

No final da sua mensagem o Santo Padre recordou todos os trabalhadores que construíram esta Expo 2015 e finalizou pedindo a Deus que nos dê a “verdadeira energia para a vida: o amor para partilhar o pão, o ‘nosso pão quotidiano’, em paz e fraternidade.

Dia 3

Domingo, 3 de maio, Regina Coeli na Praça de S. Pedro. Da janela do Palácio Apostólico o Papa Francisco saudou a multidão de fiéis que o ouviram comentar o Evangelho deste V Domingo da Páscoa em que Jesus declara ser a videira e os discípulos os seus ramos. Segundo o Papa, desta forma, Jesus afirma que mesmo quando não estará fisicamente presente no meio deles, eles poderão ficar unidos a Jesus num novo modo, e assim dar muito fruto:

“Jesus é a videira, e através d’Ele – como a seiva da árvore – passa aos ramos o próprio amor de Deus, o Espírito Santo. Nós somos os ramos e através desta parábola Jesus quer fazer-nos perceber a importância de permanecer unidos a Ele. Os ramos não são autossuficientes, mas dependem totalmente da videira, na qual se encontra a fonte da sua vida.”

Se estamos intimamente unidos a Jesus – sublinhou o Santo Padre – podemos viver os dons do Espírito Santo que, segundo S. Paulo, são “amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si”. É a partir destas atitudes que se reconhece um cristão, tal como, dos frutos se reconhece a árvore – disse o Papa Francisco que destacou os frutos da bondade, da caridade e da paz que os cristãos podem levar ao mundo amando os mais pobres e aqueles que estão em sofrimento.

E com o Regina Coeli deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 27 de abril a 3 de maio. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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