Sinagoga de Roma aguarda visita de Francisco


Roma (RV) – A exemplo de seus predecessores João Paulo II e Bento XVI, também o Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma, testemunhando assim, o sentimento de amizade e respeito pelo mundo judaico. Quem antecipa a visita, sem precisar a data,  é o Rabino Chefe da Comunidade Judaica de Roma, Riccardo Di Segni, recebido em audiência pelo Papa Francisco na manhã da última segunda-feira (27/04).

Bergoglio será o terceiro Papa a visitar o Templo Maior, após a histórica visita de João Paulo II, em 13 de abril de 1986, quando chamou os judeus de “nossos irmãos maiores” e abraçou o então Rabino Chefe Elio Toaff, falecido há dez dias, e a de Bento XVI, em 17 de janeiro de 2010, quando foi recebido pelo próprio Di Segni.

“Sim, se trabalha em preparação à este evento”, respondeu o Rabino, quando interpelado sobre a questão pela Agência ANSA.

A audiência da última segunda-feira, que durou cerca de 30 minutos, havia sido adiada devido à morte do Rabino Toaff. Os problemas sociais que atingem a Europa, as imigrações e a emergência humanitária, assim como o esforço comum entre as religiões, assim como futuros projetos de colaboração futura, estiveram na pauta do encontro.

O Rabino daquela que é a mais antiga comunidade judaica da Europa, renovou na ocasião o convite para o Pontífice visitar a Sinagoga, tendo recebido um ‘sim’, como resposta imediata. Com a resposta positiva, teve início a preparação da visita em data ainda a ser definida. 

Mas recorda-se que no próximo outono, em 28 de outubro, celebra-se o 50º aniversário da Declaração conciliar “Nostra Aetate”, documento que mudou definitivamente as relações da Igreja Católica com o judaísmo. Para a ocasião, o Vaticano prepara um grande evento comemorativo, cujos preparativos envolvem, entre outros, a Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos.

As boas relações de Francisco com o mundo judaico são bem conhecidas, visto sua grande amizade com o Rabino argentino Abraham Skorka, que o acompanhou na visita à Israel. Para testemunhar sua atenção pela comunidade judaica, o Papa Francisco, poucas horas após sua eleição em 13 de março de 2013, enviou uma mensagem ao Rabino Di Segni. Nos dois anos de pontificado, foram inúmeras as manifestações de amizade manifestadas pelo Pontífice para com os “irmãos” judeus. Entre as afirmações repetidas em diversas oportunidades por Bergoglio, está aquela de que “um cristão não pode nunca ser um anti-semita”.

Nos dias passados, o Santo Padre participou da dor da comunidade judaica pela morte de Toaff, por 50 anos Rabino Chefe de Roma, definido pelo Papa como “um homem de paz e de diálogo”. (JE-ANSA)








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