O importante papel social da Igreja na Namíbia


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã de sexta-feira, 24, os membros da Conferência Episcopal da Namíbia e do Lesoto, que estão fazendo a sua visita ‘ad Limina Apostolorum’.

Os dois países do sul da África são predominantemente cristãos: na Namíbia, prevalecem os evangélicos; no Lesoto, os católicos. Além de uma série de problemas econômicos e sociais, os dois Estados também enfrentam desafios no âmbito religioso. Segundo Dom Liborius Nashenda, Arcebispo de Windhoek e Presidente da Conferência Episcopal, “a nossa principal prioridade é tornar a Igreja autossuficiente, garantir que os fiéis se sintam protagonistas de sua Igreja. E este é um ponto no qual nós insistimos”.

Queda das vocações e melhor formação

Também há o desafio das vocações em baixa: “Nossa Igreja foi fundada pelos missionários e agora eles estão diminuindo. Por isso, temos que mobilizar os nossos fiéis e rezar por mais vocações locais. Assim vamos poder um dia alcançar a autossuficiência”.

É necessário também preparar adequadamente os que decidem seguir o sacerdócio ou a vida consagrada, "para que se tornem evangelizadores eficazes. A presença dos leigos está aumentando e cresce com ela a consciência de que a Igreja pertence também a eles”, disse Dom Liborius.

Papel social da Igreja

O arcebispo recorda o importante papel da Igreja antes da independência da Namíbia:

“A difícil guerra de libertação durou 25 anos. A Igreja não se mobilizou para fazer política, mas para incentivar a população a lutar pela justiça, em defesa dos oprimidos, dos marginalizados e contra as violações dos direitos humanos perpetradas pelo regime em vigor até 1989, quando se iniciou o processo de democratização que levou à independência em 1990”.

A Igreja participou na reintegração dos que tinham sido exilados em Angola, na Zâmbia, no Zimbábue e em outros países. Para o Presidente dos bispos da Namíbia, “a Igreja pode se orgulhar disso e do que fez após a independência para ajudar no desenvolvimento do povo, contra a pobreza e contra todos os males que afligem o nosso país”.

O Arcebispo acrescenta que a Igreja sempre levanta a sua voz, mesmo sendo minoria: “Opinamos em questões que afetam o nosso país de várias formas: através dos meios de comunicação, das nossas cartas pastorais e de organismos ecumênicos, apesar das diferenças doutrinais que existem entre as Igrejas cristãs”.

(CM-JB)








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