Autorizada extradição de Henrique Pizzolato


Roma (RV) – O Governo italiano, por meio do Ministro da Justiça Andrea Orlando,  autorizou nesta sexta-feira (24/04) a extradição do ex-Diretor comercial do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no Brasil a doze anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro, associação ilícita e fraude. A confirmação foi dada à imprensa pelo advogado Michele Gentiloni, que representa os interesses do Governo brasileiro no caso.

Pizzolato fugiu para a Itália em meados de 2013, dois meses antes de ter ordenada a sua prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro de 2014, após pedido das autoridades brasileiras, foi detido pela Polícia italiana em Maranello (Módena), sendo libertado em outubro, após a Corte de Bolonha ter negado o pedido de extradição, com o argumento de que as condições carcerárias no Brasil eram “dramáticas” e que o detido poderia ser “submetido a humilhações, torturas e violências”.

O Brasil recorreu à Corte de Cassação e em 12 de fevereiro de 2014 o banqueiro foi novamente detido em uma prisão em Módena. Nesta sexta-feira o Supremo Tribunal italiano pronunciou-se favorável ao pedido do Governo brasileiro.

A Deputada Renata Bueno, eleita na circunscrição Exterior da América do Sul, expressou satisfação pela decisão. Em nota, ela observou como a Itália soube resistir  “à tentação de dar o troco com a mesma moeda ao país, que com um considerável erro de julgamento, havia negado a extradição do homicida Cesare Battisti”. “O Ministro Orlando – afirmou – será visto como um herói por tantos brasileiros”. “Negar a extradição a Pizzolato – acrescentou – significava dar um duro golpe na batalha que o Brasil tem travado contra a corrupção ultimamente, que criou tantos danos ao bem-estar de todo o país, como denunciam as últimas manifestações de protesto por parte da população brasileira”. (JE/Agências)








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