Focolares na ONU pedem "o extremismo do diálogo"


Nova York (RV) - Começou terça-feira (21/04), na sede das Nações Unidas, em Nova York, um evento que reúne autoridades governamentais e líderes religiosos para debater a promoção da tolerância e da reconciliação. Participam líderes de governos, acadêmicos e representantes de várias religiões, incluindo muçulmanos, judeus e cristãos.

Em discurso na Assembleia Geral, o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou ser preciso abordar todos estes assuntos em sua origem, olhar as raízes e ressaltar a prevenção. Ele disse ainda que "muitas comunidades foram destruídas, muitas crianças separadas de suas famílias e muitas pessoas colocadas umas contra as outras de forma cínica e desnecessária".
 
Origem

Para o Secretário, estas histórias estão se tornando comuns demais, e o mundo precisa se unir contra esta ameaça. “Racismo, fascismo, antissemitismo e islamofobia atiçam o ódio e custam vidas até em sociedades em grande parte pacíficas e democráticas".

Líderes religiosos

No primeiro dia do encontro, foram ouvidos representantes dos Estados membros, que destacaram o enorme recurso que a dimensão religiosa representa para a humanidade. Quarta-feira, 22, tomaram a palavra 15 líderes religiosos de diferentes tradições e áreas do mundo. 

Maria Voce, Presidente do Movimento dos Focolares, defendeu o conceito de que “a guerra é a ‘irreligião’. A Presidente citou um escrito da fundadora, Chiara Lubich, de logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 e as sucessivas intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. Lubich afirmou que “a guerra nunca é santa nem jamais o foi. Somente a paz é realmente santa, porque Deus é paz”. 

Para Maria Voce, “diante desta situação de grave desagregação política, institucional, econômica e social, são necessárias reações igualmente radicais, capazes de mudar o paradigma prevalente”. 

Extremismo do Diálogo

“Não é mais tempo de meias palavras: à violência e aos extremismos, é preciso responder com igual radicalidade, mas de modo estruturalmente diferente: com o extremismo do diálogo”, o que, segundo ela, “requer o máximo envolvimento, o que é arriscado, exigente, desafiador, mas destrói as raízes da incompreensão, do medo e do ressentimento”. 

(Rádio ONU- CM)








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