Bispos sírios estão sequestrados há dois anos


Cidade do Vaticano (RV) – Passaram-se dois anos do sequestro, em 22 de abril de 2013, no norte da Síria, dos dois bispos ortodoxos Boulos Yazegi, Metropolita greco-ortodoxo de Aleppo, e Youhanna Ibrahim, Metropolita siríaco-ortodoxo da mesma cidade. 

Desde então, nada se sabe de concreto e certificado sobre os dois. Na época do sequestro, “teriam sido vistos juntos, em um carro proveniente do confim turco, a cerca de 30 km de Aleppo”. 

Denúncia da indiferença

Domingo, 19, em coletiva de imprensa no Líbano, o irmão de um dos dois reféns, Youhanna Yazegi, ou seja, João X, Patriarca de Antioquia, fez um novo apelo à comunidade internacional para que procure informações sobre o paradeiro dos dois bispos. “Temos esperança que estejam vivos, mas o mundo inteiro está em silêncio e ninguém nunca nos deu provas materiais”, disse o Patriarca.

Os apelos do Papa

O Papa Francisco pediu várias vezes a imediata libertação dos dois Metropolitas e dos outros reféns. Poucas horas depois do sequestro, em 2013, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, declarou que “o Santo Padre foi informado deste novo gravíssimo episódio, que se soma à onda de violência e à emergência humanitária de enormes proporções, e acompanha com participação profunda e intensas orações pela saúde e a libertação dos dois bispos, e para que, com o esforço de todos, o povo sírio possa finalmente ter respostas oficiais ao drama humanitário e ver no horizonte esperanças reais de paz e de reconciliação”. 

No Líbano, aonde estava em visita, em maio de 2013, também o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, fez um apelo pela libertação dos dois bispos e dos dois sacerdotes que estavam sequestrados. E o fez com uma “oração especial” à Virgem Maria no final da homilia da missa celebrada no Santuário de Nossa Senhora da Paz em Zahlé. A Mãe de Deus – disse o Cardeal – os console e fortifique na provação”. 

Desde o início da guerra na Síria, centenas de pessoas foram sequestradas, ou simplesmente, como afirma a burocracia estatal, “despareceram”. Dentre os religiosos, recorda-se Padre Paolo Dall'Oglio, sequestrado em julho de 2013 na província de Raqa e cujo paradeiro é desconhecido; e as 13 religiosas sírias levadas de seu convento e sucessivamente libertadas. Enfim, o jesuíta holandês Pe. Frans van der Lugt, morto em abril de 2014 na cidade de Homs.

(CM)








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