2015-04-20 13:22:00

A Semana do Papa de 13 a 19 de abril


Dia 13

Segunda-feira, 13 de abril – Missa em Santa Marta após a pausa da Páscoa. Partindo da leitura do dia retirada dos Atos dos Apóstolos, o Papa Francisco afirmou na sua homilia que devemos anunciar Jesus Cristo com coragem e franqueza.

 “Também hoje a mensagem da Igreja é a mensagem do caminho da franqueza, do caminho da coragem cristã. Esses dois discípulos simples e iletrados – como diz a Bíblia – foram corajosos. Uma palavra que se pode traduzir com ‘coragem’, ‘franqueza’, ‘liberdade de falar’, ‘não ter medo de dizer as coisas’ … É uma palavra que tem muitos significados no original: a parresìa, aquela franqueza … E do temor passaram à ‘franqueza’, a dizer as coisas com liberdade”.

É o Espírito Santo – continuou o Papa – “que dá esta força a estes homens simples e sem instrução”, como Pedro e João, “esta força de anunciar Jesus Cristo até ao testemunho do martírio”:

Dia 14

Na terça-feira dia 14 o Papa Francisco afirmou na Missa em Santa Marta que a Igreja não deve acumular riquezas mas viver em pobreza gerindo os bens em favor da comunidade.

Foi também na terça-feira que o Santo Padre publicou a Mensagem para a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, que se celebra no IV Domingo da Páscoa. O título é “O êxodo, experiência fundamental da vocação” e nesta mensagem o Santo Padre escreve que “a vocação cristã só pode nascer dentro de uma experiência de missão”. “Na raiz de cada vocação cristã há este movimento fundamental da experiência da fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo.”

Dia 15

Quarta-feira, 15 de abril, audiência geral com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro : dando continuidade às suas catequeses sobre a família, o Santo Padre falou sobre o homem e a mulher:

“Deus criou o ser humano à sua imagem: criou-os homem e mulher”.

 “A diferença entre o homem e a mulher não tem em vista a contraposição nem a subordinação, mas a comunhão e a geração, e isto sempre à imagem e semelhança de Deus.”

Segundo o Santo Padre a cultura moderna abriu novos espaços e novas liberdades para o enriquecimento e compreensão da diferença entre homem e mulher, mas gerou também muitas dúvidas e criou ceticismo. “Pergunto-me – sublinhou o Papa – se a chamada teoria do gender não seja expressão de uma desistência e frustração, negando a diferença sexual porque não sabe entender-se com ela?”. A remoção da diferença é o problema, não a solução – disse o Santo Padre.

 “Sem dúvida, que devemos fazer muito mais em favor da mulher, se queremos dar força à reciprocidade entre homem e mulher. É necessário, efetivamente, que a mulher não apenas seja mais escutada, mas que a sua voz tenha um peso real, uma autoridade reconhecida, na sociedade e na Igreja.”

“O próprio modo como Jesus considerou as mulheres, num contexto menos favorável do nosso, manda uma luz potente, que ilumina um caminho que leva longe, do qual percorremos apenas um pedaço. Aquilo que pode dar o génio feminino. É um caminho para percorrer com mais criatividade e audácia.”

E o Santo Padre concluiu a sua catequese dizendo que se o homem e a mulher procurarem a harmonia juntos e com Deus, sem dúvida que a encontram:

“A terra enche-se de harmonia e confiança, quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida no bem.”

Dia 16

Quinta-feira, 16 de abril, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco celebrou com uma intenção especial: o 88º aniversário do Papa Emérito Bento XVI. A este propósito declarou o seguinte:

“Quero recordar que hoje é o aniversário do Papa Bento XVI. Eu ofereci a missa por ele e também convido todos a rezarem por ele, para que o Senhor o ajude e lhe dê muita alegria e felicidade.”

Na homilia da Missa de quinta-feira o Santo Padre, referindo-se aos doutores da lei que perseguiam os cristãos, afirmou que quem não sabe dialogar não sabe rezar.

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira dia 16 de abril os bispos do Quénia presentes em Roma em Visita ‘Ad Limina Apostolorum’.

Nas palavras que lhes dirigiu o Papa Francisco começou por considerar que cada um dos bispos na sua diocese é, antes de mais, pastores de almas. Em primeiro lugar no trabalho com os sacerdotes guiando-os com força e clareza, mas também com compaixão e ternura. O Santo Padre sublinhou a necessidade de seguirem sempre o exemplo de Cristo que passava muito tempo com os Apóstolos.

O Papa disse ainda que é importante trabalhar com os líderes cristãos e não cristãos para promover a paz e justiça no Quénia através do diálogo e da fraternidade para, assim, fazer uma denúncia unânime e corajosa de toda a forma de violência, em particular da cometida em nome de Deus – frisou o Santo Padre na sua intervenção.

Dia 17

Sexta-feira, 17 de abril: A humildade cristã não é masoquismo mas amor – esta a principal mensagem da homilia do Papa Francisco na Missa na Capela da Casa de Santa Marta.

Partindo da leitura dos Atos dos Apóstolos proposta pela liturgia do dia, o Santo Padre referiu que os Apóstolos estavam perante o Sinédrio acusados de pregarem o Evangelho. Todavia, um fariseu, de nome Gamaliel, toma a palavra e propõe que sejam libertados com o argumento de que se a mensagem que pregam for de origem humana seria destruída, o que não aconteceria se viesse de Deus. O Sinédrio aceita a sugestão e dá algum tempo ao assunto.

A atitude de parar significa dar tempo ao Espírito Santo, para que nos ajude a chegar à paz. Tal como os Apóstolos, no episódio relatado, que são flagelados e saem do Sinédrio contentes por terem sido ultrajados em nome de Jesus:

 “E esta é a santidade da Igreja, esta alegria que dá a humilhação, não porque a humilhação é bela, não, isso seria masoquismo. Porque com aquela humilhação imita-se Jesus. Duas atitudes: a do fechamento que leva ao ódio, à ira, a querer matar os outros; e a da abertura a Deus no caminho de Jesus, que faz receber as humilhações, inclusive as mais fortes, com esta felicidade interior porque estamos certos de caminhar na estrada de Jesus.”

Dia 18

Agenda muito intensa do Papa Francisco na manhã de sábado dia 18 de abril. Bem cedo foi a audiência concedida ao Presidente da República italiana Sergio Mattarella. Um encontro para renovar e consolidar a amizade e cooperação entre a Santa Sé e a Itália. Falaram do contributo da fé na construção da sociedade italiana; do mundo do trabalho, da Exposição Internacional de Milão e dos migrantes. 

O Santo Padre recebeu depois os participantes na Sessão Plenária da Academia Pontifícia das Ciências Sociais e encorajou-os no seu trabalho de erradicação de todas as formas de escravatura.

No final da manhã o Papa Francisco recebeu a ACISJF-Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina. Pediu-lhes para serem testemunhas do amor de Deus no respeito pelas tradições religiosas das jovens que ajudam.

Dia 19

Domingo, 19 de abril, Regina Coeli com o Papa Francisco: grande multidão na Praça de S. Pedro que saudou o Santo Padre neste III Domingo da Páscoa.

“Testemunhas” – esta é a palavra sobre a qual desenvolveu o Papa a sua meditação e que aparecem duas vezes nas leituras bíblicas de hoje.

Mas, afinal o que é uma testemunha? – perguntou o Santo Padre.

“Testemunha é alguém que viu, que recorda e conta. Ver, recordar e contar são os três verbos que nos descrevem a identidade e a missão. A testemunha é alguém que viu, mas não com olhos indiferentes; viu e deixou-se envolver pelo evento.”

“E o seu testemunho é tanto mais credível quanto mais transparece de um modo de viver evangélico, alegre, corajoso, manso, pacífico, misericordioso. Se, ao invés, o cristão se deixa tomar pelas comodidades, pela vaidade, torna-se surdo e cego ao pedido de ‘ressurreição’ de tantos irmãos, como poderá comunicar Jesus Vivo, a sua potência libertadora e a sua ternura infinita?”

Após a recitação do Regina Coeli o Papa Francisco referiu-se a mais uma tragédia com migrantes no mar Mediterrâneo e lançou um forte apelo para que a comunidade internacional atue decididamente para impedir tais tragédias.

E com o Regina Coeli deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 13 a 19 de abril. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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