Na Basílica Vaticana o último adeus do Papa ao Cardeal Tucci


Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, presidiu, na tarde desta sexta-feira, na Basílica Vaticana, às exéquias do Cardeal Roberto Tucci, ex-Diretor Geral da Rádio Vaticano, que faleceu na noite da terça-feira (15/04). O Cardeal Tucci completaria, no próximo domingo, 94 anos.

Em sua homilia, o Cardeal Sodano meditou sobre a última bem-aventurança: “Bem-aventurados aqueles que morrem no Senhor”. Estas palavras evangélicas inspiradas, disse o Cardeal Decano, ressoam hoje nesta histórica Basílica de São Pedro em sufrágio do saudoso Cardeal Tucci.

Desta forma, este filho de Santo Inácio termina sua longa existência nesta terra e ingressa para sempre na eternidade. Todo cristão espera atingir esta última bem-aventurança, quando busca viver no Senhor durante a sua vida. Assim, revela ao mundo toda a grandeza e beleza da vida e da morte em Cristo.

“Morrer em Cristo”, segundo o evangelho de hoje, é a consequência de toda uma vida no Senhor, que para nós é Caminho, Verdade e Vida. Tais palavras sempre iluminaram a existência do Cardeal Tucci e, em Cristo, encontro o caminho seguro para chegar à Casa do Pai.

O Cardeal Angelo Sodano concluiu sua breve reflexão pedindo, aos fiéis presentes, para juntos encomendar às mãos de Deus Pai a linda alma deste servo Jesuíta, que, segundo o telegrama de pêsames do Papa, enviado à Família dos Jesuítas, “nos deixou a lembrança de uma vida de trabalho e dinâmica, oferecida ao Senhor, com coerência e generosidade, mediante a sua vocação de religioso, zeloso e atento às necessidades dos outros, sob o exemplo de Santo Inácio de Loyola”.

No final das exéquias, celebradas pelo Cardeal Decano, Angelo Sodano, o Papa recitou a oração fúnebre final.

Atividades do Cadeal Tucci

O Cardeal Roberto participou como perito no Concílio Vaticano II. De 1973 a 1985, foi Diretor geral da Rádio Vaticano. A nomeação constituiu, por si mesma, um sinal significativo do fato que a Santa Sé e a Companhia de Jesus pretenderam dar concretamente à Rádio Vaticano um dinamismo e uma eficácia adequados às suas possibilidades.

A decisão do Papa Paulo VI que, a partir de 1966, quis reestruturar e potencializar a Rádio Vaticano, veio ao encontro das necessidades da época e, assim, nasceram novos programas que privilegiaram a produção editorial.

A partir do Ano Santo de 1975 foram lançados novos programas informativos em quatro idiomas, o que marcou a virada jornalística que, somente mais tarde – e não sem dificuldades –, levariam “a Rádio do Papa” a um nível de qualidade de informação altamente profissional.

Em 1985, deixou a direção da Rádio Vaticano e passou a organizar as viagens apostólicas de João Paulo II, que o criou cardeal em 2001.

Colégio Cardinalício

O Colégio Cardinalício passa, portanto, a partir de agora, a ser composto por 224 Cardeais, dos quais 122 Eleitores e 102 não-Eleitores. (MT)








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