Papa recebe delegação das Superioras Maiores dos EUA


Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira, no Vaticano, uma delegação da Associação das Superioras Maiores dos EUA (Leadership Conference of Women Religious), que de 2008 a 2012 foi objeto de uma investigação por parte da Congregação para a Doutrina da Fé.

Nesta ocasião foi apresentado um Relatório conjunto – assinado por representantes das religiosas estadunidenses e do Vaticano – sobre a implementação do documento de avaliação doutrinal, publicado três anos atrás pela Congregação para a Doutrina da Fé.

Trata-se de um relatório final assinado pelos três prelados estadunidenses Peter Sartain, Leonard Blair e Thomas Paprocki – encarregados do Vaticano a seguir a aplicação do documento da Congregação para a Doutrina da Fé –, e por quatro irmãs da Associação das Superioras Maiores, Sharon Holland, Marcia Allen, Carol Zinn e Joan Marie Steadman.

Três anos de trabalho – escreve Dom Sartain – em que se atuou junto sobre a revisão do Estatuto da Associação, das publicações, sobre a preparação dos programas e dos relatórios das Assembleias gerais e sobre os critérios de escolha dos porta-vozes e se debateu sobre um amplo leque de temas.

De fato, o relatório foi apresentado por ocasião do encontro desta quinta-feira entre os representantes das religiosas estadunidenses e oficiais da Congregação para a Doutrina da Fé, com a presença do prefeito Cardeal Gerhard Müller.

“Ao término deste processo – declarou o purpurado –, a Congregação está confiante de que a associação das Superioras Maiores dos EUA tem clara a sua missão para auxiliar os Institutos membros, favorecendo uma visão de vida religiosa centralizada na pessoa de Jesus Cristo e radicada na tradição da Igreja.”

Temos a alegria – comentou a Irmã Holland – da conclusão do mandato, que comportou longos e intensos intercâmbios sobre a nossa visão e perspectiva em relação a matérias críticas da vida religiosa e sobre a sua prática.”

“Através desses intercâmbios, realizados sempre em espírito de oração e mútuo respeito – explicou a religiosa –, chegamos a uma profunda compreensão das recíprocas experiências, papeis, responsabilidade e esperanças para a Igreja e o povo ao qual se serve. Aprendemos que aquilo que temos em comum é muito maior do que qualquer diferença entre nós”, concluiu.

Recordamos que o documento de Avaliação do Vaticano se referia a “problemas doutrinais sérios” apresentados pela Associação das Superioras Maiores estadunidenses, a posições inaceitáveis manifestadas nas Assembleias anuais e a posições de dissenso, por exemplo, em temas como ordenação de mulheres e abordagem pastoral à homossexualidade –, ou afirmações de feminismo radical incompatíveis com o ensinamento católico.

“O próprio fato de substancial diálogo entre bispos e religiosas foi uma bênção que deve ser apreciada e ulteriormente encorajada”, conclui o Relatório conjunto. (RL)








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